Falta pouco para o open banking completar um ano do início de sua implementação no país e o projeto de modernização do sistema financeiro elaborado pelo Banco Central, começa a se tornar mais próximo dos usuários de serviços financeiros.
Entre os usuários que tem celular e conta bancária, 65% deles estão dispostos a compartilhar seus dados caso tenham acesso a melhores taxas atreladas a um serviço contratado. Este dado é de um levantamento divulgado pelo portal Valor Investe e feito pela plataforma Quanto, em parceria com a Aster Capital.
Os usuários já podem desde 13 de agosto do ano passado, compartilhar seus dados com outra instituições. A partir da expressa autorização do cliente, os bancos escolhidos por ele podem acessar um conjunto de informações e, com isso, oferecer produtos e serviços melhores do que ele utiliza no momento.
Este conceito dos bancos estarem informados a respeito da vida financeira dos clientes a partir de seu cadastro e de suas transações, está na base do sistema financeiro do país. O objetivo do BC é estimular a concorrência para que isso traga melhores opções de serviços e produtos para cada pessoa.
A pesquisa mostrou que independentemente da classe social ou faixa etária, os clientes querem ter acesso a benefícios como taxas de juros mais adaptadas para cada realidade ou mais serviços disponíveis.
Porém, a comunicação clara e direta a respeito dos ganhos pessoais quando o cliente decidir dar acesso seus dados é fundamental para compartilhamento dos dados acontecer, segundo uma amostra feita com a participação de duas mil pessoas.
“Essa preocupação com a contextualização para o usuário deve ser essencial para que o Open Banking tenha no Brasil um impacto ainda maior do que o que vimos em países como Reino Unido e nos Estados Unidos”, disse Victoria Amato, líder da área de negócios da Quanto ao Valor Investe.
O levantamento mostrou que em média, o brasileiro possui de três a cinco contas bancárias, sendo que do total de entrevistados, cerca de 25% tem cinco contas ou mais.
O número é parecido com o que ao já observado entre a parcela mais jovem da população na edição do Relatório de Cidadania Financeira mais recente, divulgada pelo Banco Central no fim do ano passado.