Nesta terça-feira (18), está prevista a paralisação dos servidores do Banco Central. O movimento deve contar com a adesão de mais de 50% do efetivo total de funcionários da autarquia. A informação foi dada pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) nesta segunda-feira (17).
Os servidores do Banco Central pretendem realizar a paralisação, apesar da reunião feita com o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto. O encontro foi realizado na última terça-feira (11).
Segundo o sindicato, a reunião com o presidente da autarquia foi “amistosa e propositiva”. Apesar disso, o Sinal declara que não existiu proposta concreta de reajuste salarial por parte de Campos Neto. Sendo assim, está prevista a paralisação no dia 18, de 10h às 12h.
Conforme o Sinal, dentre as atividades que podem ser suspensas ou interrompidas, estão: atendimento ao público, prestação de informações ao sistema financeiro, distribuição do meio circulante, manutenção de informática da autarquia, e acesso dos bancos a alguns sistemas de informação.
Apesar da paralisação, o sindicato declara que a prestação de serviços considerados essenciais será mantida.
Sindicado realizará nova reunião com presidente do Banco Central
O Sinal declara que, ainda em janeiro, será realizada uma nova reunião com Campos Neto, para discutir o tema. O grupo espera que “haja uma proposta concreta”.
Caso não aconteça, o sindicato declara que passará a discutir “a proposta de greve por um tempo indeterminado” em fevereiro deste ano.
Como forma de reivindicação, o grupo ainda afirma que continuará o movimento de entrega de cargos de chefia no Banco Central.
O sindicato alega que trabalha para que os 500 cargos comissionados de gerência na autarquia sejam entregues. De acordo com o grupo, os possíveis substitutos foram convidados a participar da estratégia do Sinal.
Os servidores alegam que o intuito da mobilização é de “reajuste salarial não só para os policiais federais, mas também para o BC”. Também foi destacado o objetivo de “reestruturação de carreira de analistas e técnicos do BC”.
No final de dezembro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, alegou que conceder aumento salarial a servidores seria como a tragédia de Brumadinho. Na ocasião, ele demonstrou receio com a subida da inflação.