Caixa abre linha de crédito para pescadores; como ter acesso ao financiamento?

Na última quarta, 12, a Caixa Econômica lançou uma nova linha de crédito com foco nos pescadores artesanais que se enquadram no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). O evento aconteceu no Palácio do Planalto e contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, do presidente do banco, Pedro Guimarães, além ministros e autoridades do governo federal.

O banco preparou duas modalidades dentro da novo financiamento. Na linha de custeio, os interessados poderão contratar até R$250 mil e o dinheiro pode ser empregado no financiamento de despesas decorrentes da captura do pescado e da conservação de embarcações e equipamentos. 

Já na linha de investimentos, o pescador poderá financiar até R$200 mil para a compra e reforma de maquinário e equipamentos, assim como, para construção, ampliação e melhorias nas estruturas para seu trabalho.

A taxa de juros da linha partirá de 3% ao ano e o prazo de reembolso dos empréstimos é de 12 meses para a modalidade de custeio da atividade pesqueira e de até 120 meses para a modalidade de investimento.

A Caixa explicou que para ambas as modalidades, o crédito poderá ser pedido por pescadores que trabalham como pessoa física ou jurídica e que detém a Declaração de Aptidão (DAP) ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar ou inscritos no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF).

O banco afirmou que as linhas vão ajudar no desenvolvimento da economia nas regiões que ficam próximas da costa, rios e lagos e auxiliar na profissionalização dos trabalhadores.

“Como, me explica, um país com mais de 8,5 mil quilômetros de costa, com o maior rio do mundo, com água em abundância, com 74 lagos de hidrelétrica, é importador de pescado? Lógico, a Caixa Econômica não financiava o nosso setor”, afirmou o secretário especial da Pesca e Aquicultura, Jorge Seif Jr.

O presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, disse que os financiamentos serão concedidos aos trabalhadores que já contam com uma renda própria, mas que não tinham  linhas de financiamento especiais para as necessidades de seu setor.

“Se você tiver uma geladeira no barco, para fazer gelo, na verdade, ele passa uma semana [no mar]. A gente está falando de crédito de R$ 3 mil, R$ 4 mil, para quem já tem renda”, finalizou.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.