Inflação: EUA e Alemanha têm aumentos recordes nos preços; o que está acontecendo?

Que a inflação está em alta no Brasil não é uma novidade. Porém, o que muitos podem não saber é que esta vilã está atingindo também os Estados Unidos e a Alemanha que vem sofrendo com esta situação. Confira os detalhes.

Estados Unidos

Os preços ao consumidor dos Estados Unidos, tido como o índice oficial da inflação do país, teve uma alta de 7% no último ano, atingido o valor mais alto registrado em ciclo de 12 meses desde o mês de junho de 1982, de acordo com os dados do Departamento do Trabalho revelados ontem, 12.

No mês passado, a variação ficou em 0,5% em comparação com novembro, resultado que superou as expectativas de economistas, que projetavam uma alta de 0,4%. Por sua vez, o índice da inflação em 12 meses ficou dentro do que era esperado pelos economistas do mercado financeiro.

Isto deve fazer com que o Fed, banco central norte-americano, acelere a subida da taxa básica de juros já no mês de março e também diminuir os estímulos à economia. Fora este reajuste no mês março, o Fed já comunicou que aplicará mais dois reajustes da taxa de juros este ano.

Ao passo que a pandemia do coronavírus prejudica a cadeia de abastecimento, a economia americana enfrenta uma inflação alta. O custo alto de vida está refletindo no índice de aprovacão do atual presidente dos EUA, Joe Biden.

A inflação no país está muito acima da meta de 2% estabelecida pelo Fed que também está crescendo em decorrência de pressões salariais iniciais. Na última sexta, o governo informou que a taxa de desemprego caiu a uma mínima em 22 meses de 3,9% no mês passado, querendo sinalizar que o mercado de trabalho está no pleno emprego ou perto dele.

Alemanha

Na Alemanha, a taxa de inflação ficou em 3,1% no último ano, patamar mais alto desde o ano de 1993, de acordo com a agência de estatísticas do país,

Da mesma forma que vem acontecendo em outros países da Europa, os seguidos aumentos nos preços da energia elétrica, seja ela limpa ou proveniente de combustíveis fósseis, e problemas na cadeia de fornecimento causados pelo coronavírus, são os fatores que mais estão pressionando a inflação. 

É esperado que ao menos no primeiro semestre de 2022, a inflação ainda fique em alta.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.