Nesta quinta, 6, o Banco Central divulgou que diferença entre os saques e depósitos na caderneta de poupança em 2021 foi de R$35,496 bilhões. No entanto, em dezembro, as novas aplicações superaram os saques em R$7,660 bilhões.
O saque líquido de 2021 somou-se ao rendimento de R$ 30,471 bilhões registrado no ultimo ano. Isso reduziu o saldo total da poupança para R$ 1,030 trilhão, frente a R$ 1,035 trilhão no fim de 2020. Em dezembro, o rendimento foi de R$ 4,341 bilhões.
Os bancos que aplicam recursos da caderneta em crédito imobiliário (SBPE) contabilizaram mais saques do que depósitos de R$34,755 bilhões em 2021 (captação de R$ 6,138 bilhões em dezembro), deixando o saldo em R$ 790,109 bilhões.
Por sua vez, as instituições que destinam os recursos para o crédito rural (SBPR) contabilizaram saques de R$ 741 milhões (captação de R$ 1,521 bilhão no último mês), deixando o estoque em R$ 240,493 bilhões.
Rendimento da poupança
O Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa básica de juros, Selic, de 7,75% ao ano para 9,25% ano ano, uma alta de 1,5 ponto percentual. Com isso a Selic sobe para 9,25% ao ano, representado o terceiro aumento seguido em seis anos.
a partir disto, as aplicações na caderneta de poupança voltam a ter o mesmo rendimento da chamada “poupança velha”.
Em 2012, a poupança começou a ter dois tipos de remuneração. Quando a taxa Selic está em no máximo 8,5% ao ano, o rendimento fica limitado a um teto de 70% dos juros básicos acrescido da Taxa Referencial (taxa que está zerada desde 2027). Para situações acima deste patamar, o rendimento é de 0,50% ao mês, ou 6,17% ao ano.
No caso dos depósitos efetuados até o mês de abril de 2012, englobados pela “poupança velha”, os rendimentos sempre são calculados da segunda forma.
Mesmo que a Poupança comece a render mais a partir deste mês, a modalidade seguirá perdendo para a inflação e para os outros formatos de renda fixa, pelo menos no curto prazo.