Setor de serviços encerra 2021 com crescimento estabilizado

Segundo apurações feitas através da pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), divulgada na última quarta-feira, 5, o setor de serviços no Brasil encerrou o ano de 2021 em um patamar estável. Ainda que tenha seguido em um ritmo de expansão mais ameno quanto ao volume de novos pedidos em dezembro comparado ao mês anterior. 

Na oportunidade, a IHS Markit, explicou que a PMI do setor de serviços no Brasil se fixou em 53,6 em dezembro. Desta forma, houve uma equidade na marca referente a novembro, mas ainda assim, as empresas encerraram o ano de 2021 em uma situação bem melhor do que no início do ano. 

Isso porque, o progresso da vacinação contra a Covid-19 combinada ao recuo da pandemia sustentaram as recuperações contínuas tanto no setor de vendas quanto na produção. Foi este o fator que possibilitou o fechamento do ano na margem superior a 50. 

O índice separa o crescimento de contratação dos entrevistados, desde que o retorno dos eventos presenciais e a liberação de alguma demanda reprimida sejam citadas junto à flexibilização das medidas restritivas contra a Covid-19. Contudo, mesmo com o avanço da vacinação contra a Covid-19, o aumento no volume de novos pedidos é um reflexo do ritmo mais desacelerado do que em novembro. 

Por outro lado, a elevação do número total de vendas foi destacada pela demanda internacional que teve o primeiro crescimento após quatro meses. Além do mais, os novos negócios tiveram a capacidade de assegurar a contratação de novos funcionários no mês de dezembro. É importante mencionar que esta foi a menor e mais lenta taxa desde o mês de agosto.

Vale destacar que, apesar da estabilidade no setor de serviços, o ano de 2021 foi encerrado com um expressivo acréscimo nas despesas, evidenciado pelo alto custo dos insumos que prosseguiu em um ritmo mais lento durante o período de cinco meses. 

Na pesquisa também é possível observar preços maiores oriundos de uma variedade de itens, bem como da energia e dos combustíveis, em parte pela fraqueza do real junto a escassez de materiais entre os fornecedores. 

E não para por aí, pois a taxa de inflação dos preços cobrados também atingiu um nível mais fraco durante o mesmo período. De toda forma, permaneceu acima da média observando o cenário a longo prazo com o aumento dos custos sendo repassado aos clientes. 

A expectativa para os próximos 12 meses é para que as atividades permaneçam em patamares positivos no mês de dezembro, mesmo com a queda em novembro. O otimismo foi preservado em virtude das investidas do marketing e o avanço da vacinação. 

Para a diretora associada de economia da IHS Markit, Pollyanna de Lima, “As expectativas baseavam-se em grande parte na esperança de que a pandemia continuasse diminuindo e que a cobertura vacinal melhorasse. As empresas também preveem recuperações na economia em geral, incluindo os setores automotivo e de construção civil”.

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.