Os trabalhadores brasileiros que compõem as classes C e D continuam sendo os mais prejudicados pela pandemia da Covid-19. No entanto, o avanço da campanha de vacinação contra a Covid-19 pode ser um fator a contribuir para o mercado de trabalho e amenizar a falta de empregos.
De acordo com um levantamento realizado por todo o Brasil no final do mês de outubro, mais da metade dos trabalhadores das classes sociais mencionadas perderam os empregos durante a pandemia da Covid-19. Deste grupo, 73,3% ainda não conseguiram se restabelecer no mercado de trabalho.
Em contrapartida, 68,6% dos entrevistados estão otimistas quanto à situação econômica do país. Para o CEO da empresa de marketing Go2Mob, responsável pela pesquisa junto à FirstCom, é possível observar a esperança do trabalhador brasileiro de que a vacinação tem o poder de equilibrar a economia do país.
No entanto, o levantamento também apurou com nitidez a maneira como os trabalhadores com menor poder aquisitivo ficaram desprotegidos durante a pandemia. Entre os integrantes das classes C e D que não perderam os empregos, somente 12,9% conseguiram trabalhar em casa. Além do mais, 42,9% das famílias sofreram com a desistência dos jovens pelos estudos em troca de trabalho.
A pesquisa contou com a participação de 4.520 pessoas de todo o país entre o período de 30 de setembro a 1º de outubro. Agora, os dados serão utilizados por empresas clientes da Go2Mob, com o propósito de elaborar estratégias de propaganda e produtos.
É importante se lembrar de que os números apurados agora são maiores do que os registros feitos durante a primeira edição da pesquisa, realizada no mês de março deste ano. Na época, apenas 31% dos entrevistados afirmaram que os filhos largaram os estudos para trabalhar.
No que compete ao número dos brasileiros que perderam os empregos após a pandemia, este se manteve praticamente intacto. Pois enquanto na primeira edição 50,6% afirmaram ter sido demitidos, na segunda o percentual teve um leve aumento para 50,75%, sendo que dentro deste grupo, 73,3% não conseguiram se reinserir no mercado.
Ao analisar a situação de quem teve acesso ao Auxílio Emergencial, nota-se que no primeiro levantamento, 46,9% dos entrevistados afirmaram ter recebido o benefício em 2020. Mas durante a segunda rodada este percentual foi reduzido para 37,9%.