- Na cidade de São Paulo, por exemplo, o reajuste na cobrança do IPTU seguiu a inflação;
- A tabela Fipe, confirmou que houve reajuste de 24,4% no valor do automóveis usados;
- Especialista aconselha sobre qual decisão tomar a respeito do pagamento de impostos.
Neste ano de 2022, os brasileiros tiveram que contar com uma nova surpresa em seus bolsos: o aumento de impostos. Não só o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é que sofreu reajustes, mas o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) também.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, o reajuste na cobrança do IPTU seguiu a inflação, mas com limite de 10%. Enquanto isso, em Niterói (RJ) o aumento foi de pelo menos 10,25% conforme confirmou a prefeitura.
Para os veículos automotores, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas que organiza a tabela Fipe, confirmou que houve reajuste de 24,4% no valor do automóveis usados. Para os zelo quilômetro, o acréscimo foi de 19,9%.
E claro, isso afeta diretamente o valor final do IPVA. Já que para estabelecer essa quantia é preciso multiplicar as alíquotas de cobrança do estado pelo valor de mercado do veículo conforme a tabela Fipe.
Tendo percebido essas mudanças, os proprietários de bens automotivos e residenciais, começaram a se perguntar qual a melhor forma para quitar os tributos. Considerando que os dois começam a ser cobrados já no início do ano.
Pagar à vista ou parcelado o IPTU e IPVA 2022?
Em entrevista concedida ao FDR, Lucas Palma, diretor de conteúdo do Zul+, aconselha sobre qual decisão tomar a respeito do pagamento de impostos.
Tudo vai depender da situação financeira do motorista. Se você já tiver dinheiro para quitar o IPVA à vista em janeiro, perfeito. Assim você garante o desconto da cota única. Agora, caso o pagamento em uma parcela fique pesado para o seu bolso, o parcelamento é a melhor opção sem sombra de dúvidas, ainda mais com a alta do IPVA em 2022.
Embora o especialista tenha considerado apenas o imposto sobre veículos, a informação vale também para o IPTU. Afinal, é preciso ter uma reserva de dinheiro disponível para quitar os dois tributos à vista.
A mesma ideia é compartilhada por Vinicius Machado, economista e gestor de investimentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em entrevista ao Isto É.
“Quem tem reserva de emergência faz sentido pagar à vista – sempre vale a pena pagar à vista. Quem não tem, é melhor guardar o dinheiro e pagar parcelado. O que não faz sentido é ficar sem nenhum dinheiro guardado”, afirma o especialista.
Ou seja, em outras palavras, a prioridade é quitar o tributo, mas para isso não passar sufoco nos primeiros meses do ano.
Do que adianta quitar o IPTU e IPVA à vista, mesmo que com descontos que cheguem a 20%, e passar todo o mês de janeiro sem nenhuma reserva de emergência?.
O ideal é que o cidadão faça um planejamento financeiro, liste suas prioridades de pagamento neste início de ano. Incluindo, por exemplo, os outros gastos com material escolar, dívidas fixas, seguro do veículo, e etc.
E então, definir quanto ficará disponível para quitar o IPTU e IPVA 2022. Veja se o valor vale para pagamento total dos dois tributos, ou se precisará parcelar um ou outro imposto.
Não deixe de pagar!
O que todo mundo sabe é que não dá para deixar de pagar pelos impostos, porque eles são obrigatórios. Logo, ignorá-los trará grandes consequências para o proprietário do imóvel e do veículo.
No IPTU, estar com o tributo atrasado impede que seja realizada uma construção com regularização na prefeitura, a venda do imóvel ou repasse em herança. Além da aplicação de multa e juros sobre o valor originalmente cobrado.
Para o IPVA, deixar de pagar implica em consequências como o bloqueio da emissão do licenciamento anual. Logo, o condutor não pode circular com seu veículo nas rodovias, com risco de multa e apreensão. Além de juros sobre o valor original.
Por isso, mesmo que não consiga quitar totalmente o tributo nesse início de ano, devido as outras contas que estão apertando seu orçamento, opte por parcelar a dívida.
No IPVA, o parcelamento costume ser de até cinco a oito parcelas, enquanto o IPTU tem mensalidades que perduram dez a dose meses.
Claro que o diferencial do pagamento à vista é o desconto, e a possibilidade de livrar logo da dívida. Mas, faça um bom planejamento e não esqueça de incluir as vantagens e desvantagens das duas formas de pagamento.