Neste ano, as varejistas foram grandemente afetadas pelas condições macroeconômicas do país. Este cenário impactou diretamente as ações destas empresas na Bolsa de Valores. Conheça quais foram as piores ações de 2021, segundo dados da Economatica, via CNN Brasil Business.
As piores ações deste ano foram da Magazine Luiza, Via, Pão de Açúcar e Americanas. Conforme especialistas consultados pelo CNN Business Brasil, a inflação e taxa Selic foram responsáveis pelos desempenhos negativos destas varejistas em 2021.
O cenário macroeconômico brasileiro nacional tem sido afetado pelo alto nível de inflação, juros em alta e desemprego. Estes fatores prejudicam o poder de compra dos consumidores — o que reflete no desempenho das empresas deste segmento.
Desde março deste ano, a taxa básica de juros, tem passado por altas. A Selic passou de 2% para os atuais 9,25% ao ano. O Banco Central (BC) vem elevando a taxa de juros para controlar a inflação.
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação oficial do país — medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — já passa de dois dígitos.
Para o próximo ano, os juros devem seguir aumentando. Na última ata do BC, o Comitê de Política Monetária (Copom) projeta que haverá um ajuste de 1,5 ponto percentual na próxima reunião, no início de 2022. Com isso, a Selic chegaria a 10,75% ao ano.
Diante disso, o economista e gestor da Rio Verde Investimentos, Eduardo Cavalheiro, afirma que “o setor de varejo e incorporação imobiliária devem sofrer ainda em 2022”.
Apesar disso, em termos de preços, ele declara que grande parte do impacto dos papéis desses setores deve ter acontecido neste ano — diante do reflexo de antecipação das expectativas.
Quais foram as piores ações de 2021
O levantamento realizado por Einar Rivero, da Economatica, leva em consideração o período de 30 de dezembro de 2020 e 7 de dezembro de 2021. A maioria dos papéis dessa lista são de ações ordinárias (ON):
- Magazine Luiza (MGLU3): variação de -69,44
- Via (VIIA3): variação de -64,11%
- Pão de Açúcar (PCAR3): variação de -61,4%
- Americanas (AMER3): variação de -60,59%
- Eztec (EZTC3): variação de -53,81%
- Lojas Americanas (LAME4): variação de -49,71%
- Qualicorp (QUAL3): variação de -49,67%
- Grupo Natura (NTCO3): variação de -48,46%
- IRB Brasil (IRBR3): variação de -48,29%
- Cogna (COGN3): variação de -46,22%