Desemprego caiu em Outubro, mas ainda apresenta números alarmantes

O índice de desemprego no Brasil teve uma queda de 12,1% no trimestre encerrado em outubro. Embora seja um acontecimento relevante, a falta de emprego ainda atinge 12,9 milhões de brasileiros, conforme informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Esta é a menor taxa de desemprego registrada desde o trimestre encerrado em fevereiro do ano passado, com 11,8%. Porém, é ainda maior do que o patamar pré-pandemia da Covid-19. Enquanto isso, o rendimento da população empregada também caiu pelo quinto trimestre seguido, caminhando para uma mínima histórica. 

É importante mencionar que estes dados foram apurados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). Lembrando que no levantamento anterior, correspondente ao trimestre encerrado em setembro, a taxa de desemprego se fixou em 12,6%, chegando a 13,5 milhões de pessoas. 

O resultado é minimamente melhor do que as expectativas. A média das previsões indicadas por uma pesquisa da Reuters era de 12,3%. Na oportunidade, o IBGE mencionou que a população desocupada de 12,9 milhões teve uma queda de 10,4%, ou seja, menos 1,5 milhão de pessoas em comparação ao trimestre que terminou em julho.

Na época, o total de 14,4 milhões de pessoas caiu para 11,3%, menos de 1,7 milhão de pessoas contra o mesmo trimestre móvel de 2020, quando o índice de desemprego contemplava 14,6 milhões de trabalhadores brasileiros. Em contrapartida, ao observar o cenário da população que conseguiu se reinserir no mercado de trabalho, nota-se um aumento de 3,6%.

Este percentual representa 3,3 milhões de pessoas a mais no mercado de trabalho em relação ao trimestre encerrado em julho. No período de um ano, houve um aumento de 8,7 milhões de trabalhadores empregados. 

É importante explicar que o nível de ocupação com pessoas em idade para trabalhar aumentou para 54,6% no trimestre encerrado em outubro. Este foi o maior registro desde abril de 2020. 

Apesar da queda na taxa de desemprego e do aumento no número de trabalhadores empregados, o rendimento médio habitual do trabalhador, sem considerar a inflação, caiu para R$ 2.449.

Este é o menor valor registrado na série histórica da pesquisa, que teve início no ano de 2021. A quantia representa uma queda de 4,6% frente ao trimestre anterior e uma redução de 11,1% em relação ao mesmo trimestre em 2020.

Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.