Depois da baixa, vem a alta? O que esperar da Magalu (MGLU3) e da Via (VIIA3) em 2022

Ao contrário do que aconteceu em 2020, este ano tem sido desfavorável para as varejistas na bolsa de valores. Entre as empresas que passam por dificuldades, estão a Magazine Luiza e a Via. Entenda o que esperar da Magalu (MGLU3) e da Via (VIIA3) em 2022, segundo análise da Suno.

Depois da baixa vem a alta? O que esperar da Magalu (MGLU3) e da Via (VIIA3) em 2022
Depois da baixa vem a alta? O que esperar da Magalu (MGLU3) e da Via (VIIA3) em 2022 (Imagem: Montagem/FDR)

Desde o começo deste ano, as ações da Magalu (MGLU3) já registram perda de 75% na Bolsa. A Via (VIIA), por sua vez, acumula perda anual de 72%. Apenas em dezembro, os papéis das duas companhias caíram 20%.

O desempenho negativo aconteceu em meio ao cenário macroeconômico. O Brasil tem passado por um cenário de desemprego, juros em alta e inflação — o que afeta o poder de compra da população.

Para 2022, a perspectiva também tende a ser difícil. No próximo ano, será um ano eleitoral. Além disso, o Banco Central (BC) deve realizar medidas mais duras para controlar a inflação.

O que esperar da Magalu (MGLU3) e da Via (VIIA3) em 2022

À Suno, o gerente de Research da Ativa Investimentos, Pedro Serra, afirma que, para 2022, a corretora projeta um cenário ainda mais desafiador.

Ele declara que a Ativa Investimentos observa um caminho de aumento para a inflação e juros. Com isso, o crédito se torna mais caro para o consumidor, “e esse consumidor já está endividado”. Por conta disso, Serra alega que o cenário é preocupante, especialmente para o setor de duráveis.

Conforme dados recentes, cada vez mais, as famílias do país estão endividadas. A pesquisa da Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC) aproximadamente 12 milhões de famílias brasileiras possuem dívidas.

Além disso, a Heloise Sanchez, da equipe de Análise da Terra Investimentos, destaca que a nova variante do coronavírus, a ômicron, preocupa toda a economia mundial. Ao considerar as varejistas de bens duráveis — que não registram um bom desempenho no Ibovespa — podem ser ainda mais afetadas.

Outro ponto a se considerar é a aproximação das eleições presidenciais. Diante disso, no cenário doméstico, o mercado deve passar por mais volatilidade.
Segundo Sanchez, o impacto das eleições deve ser “mais na volatilidade dos ativos do que no resultado das companhias”.

Apesar do cenário preocupante, o sócio-fundador da Factorial Investimentos, Jansen Costa, observa uma oportunidade. Ele declara que as ações das empresas já reduziram tanto — e deve começar a acontecer uma tendência positiva nos papéis das varejistas.

Conforme avaliação do BTG Pactual, as ações MGLU3 possuem indicação de compra, com preço-alvo de 16,00. As ações tiveram recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 8,00.

A instituição alega que a Magalu possui grande penetração no negócio do varejo físico — e potencial de se consolidar no e-commerce nos próximos anos.

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Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.