ConecteSUS ainda está instável; por que aplicativo não mostra comprovantes das vacinas?

População relata dificuldades para acessar informações no sistema de saúde. Nas últimas semanas, o ConecteSUS vem apresentando instabilidade em seu funcionamento. Após ficar um tempo fora do ar, a plataforma voltou a funcionar, mas ainda não exibe a comprovação de vacinação de parte significativa dos brasileiros. Entenda.

O ConecteSUS funciona como uma plataforma virtual onde a população consegue acessar seus dados de vacinação contra o novo coronavírus. Ela é responsável por gerar o certificado de comprovante da imunização, mas recentemente vem apresentando uma série de instabilidades.

Sistema fora do ar

Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro questionou a obrigatoriedade do comprovante de vacinação. Em entrevista, ele afirmou ser contra o documento, afirmando que estaria colocando uma coleira e limitando a liberdade dos brasileiros.

Sua fala repercutiu negativamente de modo que a imprensa nacional e demais organizações passassem a questionar tal posicionamento. Menos de 24h depois, o ConecteSUS ficou fora do ar.

Ao ser questionado sobre a queda no sistema, o governo federal informou que a plataforma tinha sido invadida e todos os dados teriam se perdido. Isso significa que a população ficaria sem os certificados de vacinação, criticados por Bolsonaro.

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Cerca de 48h depois o aplicativo voltou a funcionar, mas os dados ainda não foram repostos. É válido ressaltar que o comprovante de vacina é obrigatório para quem vai para outros países. No entanto, ainda assim o governo não resolveu a possível instabilidade.

“O Ministério da Saúde informa que o sistema de registro E-SUS Notifica foi restabelecido. A pasta reitera que atua com agilidade para a o restabelecimento de todas as plataformas impactadas o mais breve possível”, disse o ministério, em nota ao g1.

Segundo o ministério, foram atingidos os seguintes sistemas:

É válido relembrar que a campanha de vacinação contra o novo coronavírus também não foi inicialmente aprovada pelo presidente Jair Bolsonaro. Nesse momento, o gestor tem sua equipe investigada pela CPI da covid sob acusação de propina na aquisição dos imunizantes.

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Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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