Caso Itapemirim: entenda o que ocorreu com a empresa aérea que quebrou em seis meses de operação

Na noite da última sexta, 17, a Ita, empresa aérea do Grupo Itapemirim, pegou todos os passageiros de surpresa ao anunciar a suspensão temporária de todas as operações. A companhia diz que a situação é decorrente de uma “reestruturação interna”. Um pouco mais tarde, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil ) suspendeu o Certificado de Operador Aéreo da ITA Transportes Aéreos. Sem este documento, a empresa não tem autorização para voar.

Porém, esta não é uma situação inédita. Problemas financeiros já atingiram outras empresas do setor aéreo. Esta é uma das indústrias que trabalham com as margens mais apertadas de todos os setores e o nosso país em especial ainda é um mercado mais difícil por conta do efeito cambial e de incertezas macroeconômicas.

Nos últimos 30 anos, várias companhias que conquistaram o público e tinham resultados satisfatórios sofreram com as dificuldades financeiras e encerraram as atividades. Como exemplo podemos citar a Vasp, Varig e Avianca. Conheça um pouco da história de cada uma delas.

Vasp

A Viação Aérea São Paulo (Vasp) começou a operar na década de 1930 e em grande parte de sua história permaneceu como uma companhia estatal. Em 1990, foi privatizada e arrematada pelo empresário Wagner Canhedo. A empresa começou então a realizar rotas internacionais, porém, no início dos anos 2000, entrou em dificuldades financeiras até precisar entrar com um pedido de recuperação judicial em 2005. Porém, três anos depois, a falência foi decretada.

Varig 

Em seus tempos de glória, a Varig era uma das maiores empresas aéreas do mundo e conhecida pelo serviço impecável. Porém, a partir dos anos 90, a Varig começou a operar no vermelho, crescendo o volume de sua dívida, que no início dos anos 2000, estava em cerca de R$4 bilhões.

Avianca Brasil

A empresa possuía o mesmo controlador da colombiana Avianca Holdings, que ainda está na ativa. Nos anos 2010, se tornou uma empresa que oferecia um serviço acima da média em comparação com as concorrentes Gol e Latam. Porém, a companhia não deu conta de manter as finanças em dia. A desordem foi causada, em especial, com as empresas globais de leasing de aeronaves.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.