Após queda de 13%, ações da Eletrobras (ELET3;ELET6) voltam a se estabilizar

Na sessão quarta-feira (15), as ações da Eletrobras (ELET3;ELET6) passaram por variações na B3. Após interrupção de análise de privatização da companhia no Tribunal de Contas da União (TCU), os papeis registraram queda acima de 10%. Contudo, as ações fecharam praticamente estáveis.

Após queda de 13%, ações da Eletrobras (ELET3;ELET6) voltam a se estabilizar
Após queda de 13%, ações da Eletrobras (ELET3;ELET6) voltam a se estabilizar (Imagem: Montagem/FDR)

Aproximadamente às 10h45, o papel ordinário da Eletrobras (ELET3) caía 11,24%, aos R$ 30,64. Já a ação preferencial (ELET6) recuava 10,29%, aos R$ 30,50. A reação negativa dos investidores aconteceu depois de uma notícia de que o processo de privatização da empresa poderia ser travado.

No inicio da sessão, o ministro Vital do Rêgo indicou pedir vistas sobre o processo de desestatização da Eletrobras. Antes do relator do processo, Aroldo Cedraz, iniciasse seu voto, Vital do Rêgo já tinha realizado a manifestação.

Por conta disso, a análise da matéria voltará em 2022 — após revisão pela equipe do ministro Vital do Rêgo. O relator Aroldo Cedraz não se posicionou contrariamente à medida. Contudo, informou que é preciso ter “respeito ao tempo de maturação do processo de privatização”.

Ações da Eletrobras limitam perdas após busca por soluções

Apesar das perdas acima de 10%, as ações da Eletrobras apresentaram recuperação no fechamento. As ordinárias caíram 0,41%, aos R$ 34,38. As preferenciais terminaram o dia com queda de 0,15%, aos R$ 33,95.

O mercado acalmou os ânimos após os integrantes do colegiado buscarem não atrasar o processo de privatização da empresa.

Mesmo com o pedido de vistas — que poderia delongar o processo —, no acórdão, o Tribunal determinou a inserção de uma autorização para que o governo siga com os próximos passos para privatizar a Eletrobras.

Conforme análise do Bradesco BBI, os ocorridos no TCU não representam, necessariamente uma demora no processo de desestatização.

Mesmo que nem todos os ministros tenham votado publicamente, a iniciativa de oferecer alternativas para não atrasar no processo aponta uma visão alinhada com o governo sobre a questão.

Por conta disso, os analistas acreditam que exista uma possibilidade razoável de que a temática seja votada favorável pelo Tribunal em 2022 — sem alterações significativas que façam com que o processo regrida. A expectativa é que o processo seja restituído em janeiro do próximo ano.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.