Brasileiros devem substituir o pernil de natal mediante os reflexos da inflação. A cesta básica está cada vez mais cara no país, o que significa dizer que a ceia de natal deverá ser readaptada ou adiada para parte significativa da população. O preço das carnes se mantém em alta, trazendo como alternativa frango e porco.
A lista de compras para este Natal deve ser reduzida. O país vem registrando uma das maiores crises econômicas da década, de modo que a população tenha perdido seu poder de compra e venda na hora de fazer feira. Com a inflação em alta, os produtos estão todos mais caros.
O que cabe na lista para ceia de fim de ano?
Diante do encarecimento das carnes, as opções mais acessíveis até esse momento são o porco e o frango, que deverão virar os protagonistas do natal. O pernil suíno caiu em 1,27% nos últimos 12 meses, ganhando assim mais espaço nos supermercados.
Já outros alimentos como o peru e o bacalhau tendem a ser descartados, pois seus preços registraram constantes elevações, ficando inviáveis para parte dos consumidores.
Há redes de supermercado que estão vendendo os alimentos em kits, ofertando maiores descontos, como o Supermarket. A gerente da marca, Patrícia Bahia, explica que as ações promocionais incluem a carne de porco:
— Em 2021, compramos uma quantidade maior de porco, pois está mais barato que outros cortes de carne. Também compramos quantidade maior de aves natalinas, pois teremos mais festas de fim de ano e comemorações com o avanço da vacinação – disse ao jornal O Globo.
Redução das porções
Outra expectativa para esse fim de ano é a redução das porções. A população deverá pagar mais comprando menos. De acordo com os dados do Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna (IPC-DI) da Fundação Getulio Vargas, o lombo encareceu em 4,36% nos últimos 12 meses. Já o frango teve um reajuste de 24,28%.
O chester, por sua vez, subiu 33% em um ano, segundo levantamento da Universidade de Taubaté. Ainda de acordo com os levantamentos, no terceiro trimestre deste ano foi possível registrar um recorde no abate de suínos no país, chegando a 13,72 milhões de suínos, uma alta de 4,5% em relação ao período de abril a junho.