Neste ano, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira (B3), acumula redução de 12%. Por conte deste cenário adverso, investidores demonstram preocupação sobre o desempeno da bolsa para o próximo ano. Entenda o que esperar do Ibovespa para 2022, segundo instituições financeiras.
O Ibovespa iniciou 2021 aos 120 mil pontos. Em junho, a bolsa brasileira chegou à máxima histórica, acima de 130 mil pontos. Contudo, desde então, o principal índice acionário da B3 vem passando por queda, até valores próximos a 100 mil pontos.
O mercado de ações nacional caiu por conta de um conjunto de riscos fiscais, crescimento da inflação, da taxa Selic e do dólar. Para 2022, ainda há a preocupação relativa às eleições presidenciais, que podem impactar o mercado.
O que esperar do Ibovespa para 2022?
Segundo cinco instituições financeiras, O Ibovespa deve terminar 2022 aos 120 mil pontos. O valor considera a média das projeções. Caso a projeção se cumpra, o principal índice da B3 chegará a um patamar registrado no início deste ano.
Para o final de 2022, estas são as estimativas de cinco casas, conforme apurado pela Suno:
- XP Investimentos: 123 mil pontos
- Banco Safra: 121 mil pontos
- Morgan Stanley: 120 mil pontos
- Guide Investimentos: 120 mil pontos
- Ativa Investimentos: 117 mil pontos
Em relatório, os analistas da XP projetam “um ano desafiador do lado macroeconômico”. Eles citam a “desaceleração do crescimento, inflação ainda elevada e a taxa de juros chegando em 11% ou mais”.
Para a estimativa, o Banco Safra levou em conta a situação macroeconômica do Brasil. A instituição a entende como desafiadora no cenário político, fiscal e de atividade econômica.
O Morgan Stanley apresenta cautela em relação à alocação de ativos no país. Isso porque a instituição projeta pressões negativas que desfavorecem a valorização dos papéis no Ibovespa.
A Ativa Investimentos, em relatório, informa que os tempos futuros “parecem ser potencialmente mais voláteis do que o experimentado ao longo deste ano”. Os motivos, segundo a casa, são “as questões internas e externas”.
No cenário interno, a Ativa cita a proximidade das eleições de 2022. Conforme o analista Petro Serra, mesmo que seja cedo para realizar valor nos mercados, as movimentações governamentais — a favor de uma agenda mais popular — poderão afetar negativamente o mercado.