Nesta quinta-feira (2), o Ibovespa encerrou com forte alta. O principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3, encerrou a sessão com aumento de 3,66%, aos 104.466 pontos. O desempenho foi influenciado pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios no Senado.
O Ibovespa teve a maior valorização percentual desde 25 de maio do ano passado, quando houve elevação de 4,25%. Nesta quarta, o volume negociado foi de R$ 27,62 bilhões.
Por outro lado, na quarta-feira (1º), o principal índice da B3 havia fechado em queda de 1,12%, aos 100.775 pontos. No acumulado semanal, o Ibovespa apresenta valorização de 2,19%. Contudo, no ano, o índice registra perda de 12,23%.
Aprovação da PEC dos Precatórios puxa alta do Ibovespa
No plenário do Senado, a PEC dos Precatórios foi aprovada na tarde desta quinta. Em votação do segundo turno, teve 61 votos favoráveis e 10 contrário. Ainda houve uma abstenção. Agora, o texto passará por nova votação na Câmara.
Essa proposta abre espaço para o pagamento de R$ 400 no programa Auxílio Brasil. O texto também possibilita o adiamento de pagamento de dívidas judiciais do governo.
Além disso, o projeto altera o teto de gastos — regra que limita a despesa pública. No entendimento de críticos, este ponto significa um furo no teto de gastos.
Por conta das incertezas sobre o andamento da PEC — e as propostas previstas no texto —, os investidores vinham reagindo negativamente ao longo dos últimos dias. Agora, com a aprovação, o mercado reagiu positivamente.
Ao Estadão, o economista e estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz, alega que, “A PEC em si não é algo que agrada”. No entanto, ele explica que “o plano B preocupava muito, que era decretar calamidade e assinar um cheque em branco em um ano eleitoral”.
Sendo assim, ao desconsiderar este ‘plano B’, o mercado interpretou como algo positivo, segundo o economista.
Conforme investidores apurados pelo UOL, a aprovação da PEC é positiva porque diminui as incertezas. Além disso, a medida é vista como favorável por delimitar as condições em que acontecerá a elevação de gastos.