A Black Friday é uma das datas mais esperadas pelos consumidores brasileiros. Para muitos este é o momento de realizar o sonho de comprar uma TV nova, um eletrodoméstico, entre outros itens. Porém, o crescimento da inflação deve reduzir os descontos da Black Friday 2021, segundo Alexandre Crivellaro, o diretor de inteligência de mercado, em entrevista à CNN.
“No Brasil, o e-commerce está com perspectiva de crescimento de 25%, com inflação de 10%. O que deve acontecer é o desconto ficar um pouco menor por conta da inflação, já que esse produto já foi adquirido um pouco mais caro pelo comerciante”, disse Alexandre.
As vendas pela internet se tornaram mais populares entre os consumidores brasileiros em meio a pandemia do coronavírus e o especialista acredita que este hábito se manterá, mesmo com a vacinação e com o fim quase que total das restrições.
“A compra online veio para ficar. No ano passado, com a pandemia, as pessoas foram obrigadas a mudar de hábito. Muita gente fala que vai preferir comprar online neste ano. Muita gente quer comprar off-line, mas o comércio eletrônico trouxe essa comodidade. O nível de desconfiança caiu muito.”
Alexandre acredita que mesmo com alguns novos empecilhos, as lojas conseguirão dar conta da demanda do período.
“O mercado vem se preparando há meses. Neste ano, tivemos percalços por problemas de entrega, falta de produtos e insumos que podem afetar as vendas em geral, já que algumas lojas não terão um estoque muito alto, mas o mercado está muito maduro, acho que será muito positiva neste ano a Black Friday”.
Por fim, Alexandre da dicas para consumidores que não tem costume de comprar produtos pela internet.
“O conselho é verificar se a loja é reconhecida, se tem selo de segurança, algum certificado, olhar em sites de reclamações para ver qual a reputação dela. E desconfiar um pouco de ofertas excessivas. O desconto médio da Black Friday é de cerca de 40%. As pessoas tem que desconfiar quando o preço é excessivamente baixo, é uma possibilidade de golpe”.