- Preço dos alimentos teve alta no mês de outubro;
- Trigo foi o produto mais caro no mês passado;
- Carnes e açúcar tiveram queda no preço.
O valor dos alimentos atingiu um novo patamar bastante expressivo, e não apenas no Brasil. Até então, o pico mais alto nos preços havia sido registrado no mês de julho de 2011, segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
A organização é responsável por acompanhar os preços internacionais das commodities alimentares mais comercializam cuja média foi de 133,2 pontos em outubro contra o 192,2 revisados. O número referente ao mês anterior foi de 149,
Este índice faz comparações periódicas, mais precisamente, mensais, sobre o valor dos alimentos. Desta forma foi possível identificar um aumento de 3% nos preços praticados no decorrer do mês de outubro em comparação a setembro. Este já é o terceiro mês consecutivo de alta.
Produtos com a maior alta nos preços
A alta no valor dos alimentos atingiu o trigo em 5%. O motivo se refere à queda nas colheitas dos principais exportadores de trigo, como o Canadá, a Rússia e os Estados Unidos da América (EUA).
O futuro da produção de trigo teve início ainda no mês de novembro com novos picos. A máxima do produto em território norte-americano foi registrada em 2012, enquanto os futuros do primeiro mês de Paris atingiu uma alta recorde, já que a demanda se manteve ativa.
Enquanto isso, o preço do óleo vegetal teve um aumento na margem de 9,6% no mês de outubro. Em contrapartida, os laticínios aumentaram em 2,6%, motivado pelo crescimento da demanda global de abastecimento de estoques dos produtos derivados do leite.
Diante de todos os aumentos no valor dos alimentos, o queijo foi um dos produtos que mais se manteve estável neste cenário. Este equilíbrio é resultado da adequação dos produtores aos suprimentos necessários para atender a demanda de importação global.
Estoque de alimentos
Diante das circunstâncias atuais que tem provocado a alta no valor dos alimentos, diversos países acharam que seria necessário estocar alimentos. A preocupação também estava relacionada à expectativa de aumento na produção mundial de cereais este ano.
Contudo, a Cereal Supply and Demand Brief da FAO, aponta que esses estoques estão caminhando para uma contração nos anos de 2021 e 2022. A estimativa é para que aconteça uma queda na margem de 6,7 milhões de toneladas, fixando a previsão de produção mundial de cereais em 2.793 milhões de toneladas.
Porém, essa queda foi instigada pelos cortes nas estimativas de produção de trigo no Irã, Turquia e EUA. Ainda assim, a produção de grãos grossos como o milho deve permanecer positiva. Observa-se que esse aumento deve ser impulsionado por rendimentos atrativos tanto no Brasil quanto na Índia.
Em contrapartida, o consumo mundial de cereais teve a oportunidade de crescer em 1,7% em comparação ao mesmo nível analisado em 2020 e 2021. A previsão de estoques no final das temporadas de 2022 é para que haja uma queda de 0,8% abaixo dos níveis iniciais.
No que compete propriamente ao consumo e estoque mundial de cereais, existe a possibilidade de uma redução na margem de 29,4% para o biênio de 2020-2021 e de 28,5% em 2021-2022.
Produtos com a maior queda nos preços
O aumento no valor dos alimentos é uma realidade notável, bem como a estocagem de produtos, como tem acontecido na China após recomendações do próprio governo. Contudo, a queda no preço de alguns itens também foi registrada e deve ser observada.
Em especial, dois produtos que vinham preocupando a população tiveram os preços reduzidos. Um deles é a carne, cujo valor caiu em 0,7% em outubro. Em relação a setembro houve o impulsionamento atrelado à redução das compras da China, além de uma queda na tendência na tendência de abastecimento do país.
Por outro lado, as carnes de aves e ovos estão extremamente caros. O açúcar teve uma queda de 1,8% após seis meses. O número é retratado em meio a um levantamento de importação global limitada perante tantas perspectivas.