Com o fim do Auxílio Emergencial serão ao menos 20 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade social que devem perder o benefício no mês de novembro.
A partir do próximo mês muitos brasileiros estarão sem benefício algum, mas ainda no aguardo de que o auxílio emergencial seja prorrogado ou que tenha início o Auxílio Brasil que contemplará apenas uma parte dos beneficiários do auxílio que deu suporte financeiro às pessoas durante a pandemia.
O governo ainda não esclareceu questões relacionadas à origem do financiamento do Auxílio Brasil. Segundo o ministro da Cidadania, João Roma, através do auxílio será ampliada a cobertura do Bolsa Família.
Segundo o Ministério da Cidadania, os dados revelam que o número de pessoas beneficiadas foi reduzido. O que em agosto de 2021 eram 39,4 milhões de beneficiários, hoje são 35 milhões depois dos cadastros serem reavaliados.
Quem perderá o auxílio
Cerca de 20 milhões (57%) das pessoas beneficiadas não estão no CadÚnico. Essas pessoas se encontram em situação de vulnerabilidade socioeconômica, mas não chegaram a receber o Bolsa Família e, por isso, não devem entrar para o substituto Auxílio Brasil até o mês de dezembro.
São ao menos cinco milhões de beneficiários do auxílio emergencial que se encontram no cadastrados no CadÚnico, mas não se encontram no Bolsa Família. Esses, apenas receberão o Auxílio Brasil até o final de 2021, caso o governo cumpra com a promessa de zerar a fila.
Fim do auxílio emergencial
Em meio às negociações entre a equipe econômica e o ministro da Economia, Paulo Guedes. O argumento era de que parte dos beneficiários possuem trabalho informal e já haviam retornado às atividades.
Guedes e seus assessores destacaram o avanço da vacinação e a queda dos números de óbitos e infectados para justificar a defesa do pagamento de benefícios apenas para quem for extremamente vulnerável socioeconomicamente.
A problemática vai além. Os impactos da pandemia irão durar por muito mais tempo para os mais pobres. O Brasil registrou, em 2021, 0,640 no índice de Gini que mede a desigualdade, ficando acima de toda a série histórica pré-pandemia.
Atrelado a isso, o Brasil tem, segundo registro do IBGE no 2° trimestre de 2021, 14,4 milhões de desempregados.