Para concorrer com o Sem Parar a ConectCar, Veloe e Greenpass criam tag de pedágio

A Sem Parar, empresa líder no mercado de tags de pedágio está vendo seu domínio ameaçado por concorrentes que começam a oferecer o mesmo serviço de forma gratuita.

Dominando o mercado a cerca de 10 anos, com no mínimo 80% dos usuários deste tipo de serviço, a empresa esta sendo ameaçada por concorrentes como ConectCar, Veloe e Greenpass.

Estes estão se unindo para oferecer de forma gratuita o mesmo serviço que na Sem Parar custa a partir de R$ 20 ao mês.

Este cenário pode alterar o jogo deste mercado que possui atualmente cerca de 8 milhões de motoristas com tags, enquanto a frota tem um total de 46 milhões de veículos.

Sendo assim, menos de 20% dos carros utilizam o serviço. O que as empresas concorrentes do Sem Parar propõem é abrir mão da margem por um aumento em escala, a partir da adesão de novos usuários.

Em setembro, a ConectCar chamou a atenção ao anunciar que todos os 20 milhões de clientes do Itaú, se assim desejassem, passariam a ter acesso à tag de Pedágio gratuitamente.

O Itaú é o acionista principal da ConectCar, com a Porto Seguro. Além do Itaú, a empresa mantém parcerias do mesmo segmento com a seguradora e com a Localiza.

“Se a empresa chegar ao mercado 15 anos depois do principal concorrente e fizer a mesma coisa, nunca chegará lá. Acredito que o atual modelo de negócios bateu no teto”, disse Felix Cardamone, o presidente da ConectCar ao UOL.

A empresa Veloe, pertencente à Alelo (parceria entre Banco do Brasil e Bradesco), criou parcerias parecidas com seus bancos controladores e divulgou uma outra com o BTG Pactual.

Porém a empresa que contribuiu para estimular este movimento de parcerias foi a Greenpass. A empresa trabalha com o modelo white label, que fornece tecnologia a empresas como C6, Sicredi, Ticket e Banco Inter, que comercializam produtos como se pertencessem a elas.

A empresa que possui 600 mil usuários ativos, foi criada em 2019. De acordo com o fundador e presidente da Greenpass, João Cumerlato, as parcerias que vem acontecendo é um movimento sem volta. “A tag vai ser commodity e se tornará parte de um portfólio de serviços”, disse.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.