- Os usuários do Pix poderão fazer pagamentos via aplicativos que não sejam do banco;
- A terceira fase do Open Banking será disponibilizada de forma gradual;
- O cliente ainda terá a liberdade para decidir pela forma que movimentará o dinheiro.
A partir do dia 29 deste mês, o Open Banking inicia nova fase com o uso do Pix. A terceira fase do sistema financeiro aberto prevê a iniciação de transações de Pix por iniciadores de pagamento. Além disso, haverá a entrada gradual de outros arranjos de pagamento.
Nesta nova fase do Open Banking, o Banco Central informa que surgirá a possiblidade de compartilhar os serviços de iniciação de transações de pagamento e de encaminhamento de proposta de operação de crédito.
Por meio dessa na terceira fase, será possível haver novos ambientes e soluções para efetuar pagamentos, e para a recepção de propostas de operações de crédito.
Com isso, permitirá o acesso a serviços financeiros de modo mais prático — e por meio de canais mais apropriados para o cliente. De qualquer modo, o processo se manterá seguro, de acordo como BC.
Como funcionará a integração do Open Banking ao Pix
De forma prática, a fase três do Open Banking permitirá que os usuários do sistema Pix façam pagamento por meio de aplicativos que não sejam do banco. Por exemplo, as transações poderão ser realizadas por meio de apps de varejistas e de redes sociais.
Por exemplo, se a pessoa deseja efetuar uma compra pela internet, será possível realizar toda a transação sem precisar entrar no aplicativo do banco. Nessa hipótese, o iniciador de pagamento seria a própria loja online. Contudo, o empreendimento precisa ter autorização do Banco Central para o funcionamento.
Consequentemente, caso assim prefira, o cidadão poderá realizar todo o pagamento sem precisar sair da tela do estabelecimento — em que a compra está sendo feita.
Atualmente, para realizar um pagamento via Pix, por exemplo, a pessoa precisa copiar e colar a chave da loja ou utilizar um QR Code. Por conta disso, o processo para o pagamento se torna mais demorado.
Diante dessa novidade, o BC espera que haja aumento da concorrência entre instituições financeiras e varejistas. Como resultado, a autoridade monetária acredita que poderá acontecer a redução dos juros cobrados aos consumidores.
Terceira fase do Open Banking liberará as formas de pagamento gradualmente
Sobre as às formas de pagamento, as novas possibilidades poderão ser iniciadas pelo Open Banking a partir dessas datas:
- 29 de outubro de 2021 – Pagamento com Pix
- 15 de fevereiro de 2022 – pagamentos com TED e transferência entre contas na mesma instituição
- 30 de junho de 2022 – pagamento de boletos
- 30 de setembro de 2022 – pagamentos com débito em conta
O Banco Central informa que, para a modalidade de encaminhamento de proposta de crédito, a implementação está prevista para acontecer no dia 30 de março de 2022.
A partir dessa data, os clientes poderão solicitar propostas de crédito — como financiamentos e empréstimos — em ambientes eletrônicos, a diversas instituições (bancos, cooperativas, financeiras, por exemplo) ao mesmo tempo.
Assim, o BC destaca que ficará mais fácil de comparar prazos, taxas e demais condições.
A iniciação de pagamentos
A terceira fase do Open Banking acontecerá com o intermédio do Iniciador de Transação de Pagamento (ITP). Os iniciadores de pagamento são as empresas que possuem autorização do BC para iniciar pagamentos e transferências para os clientes.
Desde outubro do ano passado, existe a iniciação de pagamentos no país. Neste ano, por exemplo, o WhatsApp foi aprovado como um iniciador de pagamentos.
Na fase três do Open Banking, o iniciador de pagamentos poderá efetuar transações disponibilizando o sistema Pix — como alternativa.
De qualquer forma, cabe destacar que o Pix, como vem sendo utilizado atualmente, seguirá existindo. Ou seja, o cliente ainda terá a liberdade para escolher a forma que realizará a transação.
O ITP tem o objetivo de criar um vínculo entre a instituição provedora da conta do cliente e o pagador. Ao realizar uma movimentação — no fluxo entre a conta pagadora e a recebedora —, a quantia não passa pelo iniciador de pagamentos.
Como forma de garantir a segurança, o cliente poderá acessar o site do Banco Central para saber se o ITP possui a autorização da autoridade monetária para realizar o serviço.