13º salário dos funcionários do Rio Grande do Sul será antecipado em novembro

O governo do Estado do Rio Grande do Sul anunciou, na última sexta-feira (1º), que o pagamento do 13º salário será antecipado. A primeira parcela será paga no dia 29 de novembro, e o restante, em 20 de dezembro.

13º salário dos funcionários do Rio Grande do Sul será antecipado em novembro
13º salário dos funcionários do Rio Grande do Sul será antecipado em novembro (Imagem: Gabriel Jacobsen/Agencia RBS)

Segundo o governador Eduardo Leite, a normalização no pagamento do salário dos servidores é resultado do ajuste fiscal, à redução de despesas, às reformas da previdência e administrativa e às privatizações.

Além disso, será possível antecipar o pagamento do 13º salário dos funcionários. O benefício era pago com atraso desde a gestão de José Ivo Sartori (2015-2018), gerando juros e custos ao governo.

Diante disso, os servidores tinham duas opções: receber parcelado no ano seguinte, com acréscimo de juros, ou contratar um empréstimo no Banrisul.

O empréstimo bancário para garantir o pagamento do 13º salário dos servidores é um recurso criado em 2003 durante a gestão de Germano Rigotto (MDB).

13º salário: Bancos que Oferecem Antecipação de Valor do Décimo Terceiro

Na ocasião, havia falta de recursos para bancar as despesas e para honrar a gratificação o Banrisul disponibilizou os empréstimos, colocando os juros na conta do Tesouro. Após isso, as demais gestões continuaram esse ciclo.

Com o pagamento antecipado e em dia, o governo do Rio Grande do Sul estima que será economizado R$ 140 milhões em juros em 2022. De acordo com a Secretaria Estadual da Fazenda o Estado gastou R$ 700 milhões em juros durante esses anos.

Durante o anúncio, Leite também informou que o pagamento das três parcelas restantes do 13º salário de 2020 serão quitadas de uma só vez, no mês de outubro. Além disso, o governador garantiu o pagamento dos salários em dia até o fim do ano e que a ideia é manter esse ritmo em 2022.

Por enquanto, afirmou Leite, não há, atualmente, motivos para uma volta de atrasos. Porém, o Estado tem as questões de precatórios, dívidas com a União e incertezas econômicas. Diante disso, não tem como garantir o pagamento em dia para sempre.

Além disso, o governador afirmou que, no médio prazo, o estado não possui condições de pagar o reajuste do piso nacional dos professores. A previsão é que o aumento seja de 31% e, por esse motivo, poderia levar ao um novo ciclo de parcelamentos.

Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.
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