A partir desta sexta-feira (1º), as cervejas da Ambev ficarão mais caras. A companhia afirma que os aumentos fazem parte de um movimento constante de estratégia. A empresa é dona de marcas como Brahma, Skol, Corona e Stella Artois. O novo valor das cervejas da Ambev não foi informado.
Em nota à imprensa, a Ambev alegou que realiza ajustes períodos nos preços de seus produtos. As alterações variam conforme as regiões, canal de venda, marca e embalagem. A companhia também não informou se os novos preços devem ser aplicados no canal on trade — restaurantes e bares.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor da cerveja aumentou pelo oitavo mês seguido — considerando o fechamento de agosto.
Conforme os cálculos para o Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA), o preço da cerveja teve alta de 3,49% no ano. Ao considerar os últimos 12 meses, o aumento acumulado foi de 7,62%.
Projeção do novo valor das cervejas da Ambev
Mesmo sem a Ambev detalhar quanto será o aumento médio, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) projeta que o aumento da cerveja em São Paulo será de até 10%, de acordo com o presidente da companhia, Paulo Solmucci.
No Rio de Janeiro, a estimativa de aumento é de 7%. Já para outros estados, o presidente prevê que o preço pode variar entre 6% e 8%. Ele ainda acredita que outras empresas devem elevar o valor da cerveja.
Solmucci explica que existe uma referência de preços no mercado ditada pela Ambev. Sendo assim, quanto esta companhia faz o reajuste, as concorrentes acompanham a medida.
O diretor da Abrasel afirma que o setor de restaurantes está hiperpressionado por alta de custos no aluguel, na luz, no combustível, nos alimentos. Ele alega que esse setor tende a repassar um novo aumento ao consumidor.
Uma pesquisa realizada pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR) mostra que, apesar da recuperação econômica gradual, 62% dos estabelecimentos no Brasil ainda não conseguiram obter o faturamento que tinham em 2019. O levantamento ainda indica que 55% dos estabelecimentos passam por dívidas.