- Ministérios reconhecem influência da vacinação na economia;
- Mais de 91 brasileiros já fora vacinados;
- Índice de desemprego caiu este ano.
O que já se esperava foi confirmado pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira, 30. O avanço na campanha de vacinação contra a Covid-19 tem influência direta na retomada gradativa do cenário econômico brasileiro.
Desde o início da campanha de vacinação no Brasil, este tem sido o argumento utilizado pelos representantes das pastas de saúde em todos os âmbitos. Isso porque, com o crescimento do número de pessoas imunizadas, a circulação e o convívio em sociedade volta a ser assegurado sem grandes problemas.
Embora haja relatos sobre pessoas que tomaram as duas doses da vacina contra a Covid-19 e ainda assim foram infectadas, nota-se que são casos isolados. Ao analisar o cenário como um todo, a eficácia da vacina é garantida quando a vacinação é concluída.
Porém, com o intuito de reforçar ainda mais o esquema vacinal, o Governo Federal através do Ministério da Saúde, já deu início à aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19 em idosos e imunossuprimidos. A chamada dose de reforço tem o propósito de incrementar a imunidade dos cidadãos vacinados.
Vacinação contra a Covid-19 no Brasil
Até agora, 91 milhões de brasileiros já concluíram ou concluíram o esquema vacinal com as duas primeiras doses da vacina ou a segunda dose. Na realidade, foram 901.454.456 de doses aplicadas, o equivalente a 42,87%.
No que compete aos brasileiros parcialmente imunizados, aqueles que tomaram apenas a primeira dose, são 146.605.293 cidadãos, o correspondente a 68,73%. Já a dose de reforço foi aplicada em 882.684 pessoas, 0,41%.
Portanto, o apanhado da vacinação somando a primeira, a segunda, a terceira e a dose única, já foram aplicados 238.942.433 imunizantes.
Impacto da vacinação na economia brasileira
Dados apurados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontaram uma queda na taxa de desemprego de 14,7% para 13,7%. Embora o percentual ainda seja bastante alto, o Brasil ainda possui 14,1 milhões de desempregados, ou seja, 4,6%.
Este percentual, que pode parecer significativo, equivale a 676 milhões de pessoas a menos no cenário de desemprego. No levantamento anterior referente ao primeiro trimestre do ano, o total de desempregados era de 14,8 milhões.
Porém, ao fazer uma comparação com o mesmo período em 2020, nota-se um aumento de 7,3%, em outras palavras, 955 mil pessoas a mais do que as 13,1 milhões que estavam em situação de desemprego em 2020.
Em nota, o Ministério da Economia declarou que a vacinação tem contribuindo em massa para a retomada segunda da atividade econômica no país e, por consequência, a recuperação e geração de postos de trabalho.
“Neste processo, destaca-se a melhora dos serviços e do comércio, que foram severamente afetados pela pandemia. (…) Deve-se destacar a melhora recente no setor informal, com a recuperação dos serviços e a melhora das condições sanitárias”, alegou.
O trabalho informal é a oportunidade que os trabalhadores que não conseguiram se reinserir no mercado de trabalho formal, de prestarem serviços e adquirir alguma renda, é o caso dos trabalhadores do setor privado e os domésticos.
Os próprios chefes, sendo eles empresários ou não, bem como os trabalhadores que não ganham nenhuma remuneração, passou para 36,3 milhões de brasileiros. No segundo trimestre do ano o total era de 34,2 milhões.
Também houve um breve aumento no número de empregos com carteira assinada, tanto no setor público quanto em demais postos de trabalho informais. O avanço foi de 3,5% perante mais de um milhão de brasileiros, encerrando em 30,6 milhões no trimestre de maio a julho.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que o Brasil gerou 372.265 vagas de trabalho no mês de agosto. Este já é o oitavo mês seguido em que o país consegue obter um saldo positivo.
Neste sentido, cinco setores econômicos se destacaram: a de serviços, comércio, indústria, construção, agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura.