Auxílio Brasil se transforma em obrigação para o governo federal. Diante do atual cenário de crise econômica e política, o presidente Jair Bolsonaro vem se sentindo cada vez mais pressionado para implementar o novo Bolsa Família. O programa funcionará como uma estratégia para sua reeleição em 2022.
A consolidação de um novo projeto social se transformou em uma grande dor de cabeça para o governo federal. Há meses o presidente Jair Bolsonaro afirma que irá criar reformular o Bolsa Família, liberando mensalidades superiores a R$ 300 para a população de baixa renda. A realização da proposta, no entanto, não se encaixa na contabilidade pública.
Novo Bolsa Família se torna urgente no governo
O principal motivo para que o programa seja implementado é a necessidade de retomar a popularidade de Bolsonaro. Desde o feriado de 7 de setembro, quando o chefe de estado ameaçou as principais instancias nacionais e foi acusado de violar a constituição, o índice de reprovação do seu governo chegou a quase 60%.
Com isso, Bolsonaro passou a trabalhar com mais foco na aprovação do novo Bolsa Família, sob a esperança de garantir esse eleitorado em sua candidatura. A previsão é de que mais de 17 milhões de pessoas sejam contempladas pelo projeto, número significativo na corrida pela presidência.
É válido ressaltar ainda que Bolsonaro tem como principal concorrente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido mundialmente pela sua forte atuação e comprometimento com as políticas públicas sociais.
Lula se transformou em referencia por consolidar o Bolsa Família e criar demais projetos para os brasileiros mais pobres, como o Minha Casa Minha Vida, Prouni, Fies, Farmácia Popular, entre outros.
Auxílio Brasil pode ser concedido a partir de novembro
Se a agenda de Bolsonaro se cumprir, o novo projeto passará a ser pago a partir de novembro. Porém, até o momento não foi definida sua forma total de custeio, uma vez em que o valor acima dos R$ 35 bilhões do Bolsa Família ultrapassa o teto orçamentário determinado pelo Congresso Nacional.
Ao longo das próximas semanas, a equipe do ministério da economia deverá solucionar o problema para a definição do pagamento que substituirá o atual Bolsa Família e o auxílio emergencial.