Novos juros e valores de financiamento aceitos no Casa Verde e Amarela

Programa habitacional do governo federal passa por reajustes. Na última semana, a gestão pública informou que estaria modificando as faixas de renda e taxas de juros do Casa Verde e Amarela. O projeto funciona em substituição ao antigo Minha Casa Minha Vida, permitindo com que sejam realizados financiamentos em parceria com a União.

Novos juros e valores de financiamento aceitos no Casa Verde e Amarela (Imagem: Jornal Destaque Baixada)
Novos juros e valores de financiamento aceitos no Casa Verde e Amarela (Imagem: Jornal Destaque Baixada)

Quem desejar realizar o sonho da casa própria em 2022 precisa ficar atento. O Casa Verde e Amarela passou por uma série de mudanças em suas regras de concessão, tendo suas taxas de juros e valores reajustados.

As alterações já foram aceitas pelo conselho curador do FGTS e terão validade a partir de janeiro do próximo ano.

O que é o Casa Verde e Amarela e como ele funciona?

Trata-se do programa de habitação popular vinculado ao governo federal. Sua finalidade é permitir que a população de baixa renda consiga ter acesso a linhas de financiamento imobiliário com vantagens nas taxas de juros.

Faixas de renda que podem utilizar o Casa Verde e Amarela

Para entrar com o financiamento pelo preciso é preciso se enquadrar nas seguintes limitações financeiras:

  • até R$ 2.000
  • de R$ 2.000 a R$ 4.000
  • de R$ 4.000 a R$ 7.000

Redução nas taxas de juros

De acordo com o Ministério de Desenvolvimento Regional, até o fim de 2022 haverá uma redução nas taxas de juros para que estas fiquem em 0,5 ponto percentual. Atualmente a taxa média de juros no país é de 7,5%, de acordo com o Banco Central.

Para quem teve recolhimento do FGTS por ao menos três anos será possível utilizar esse saldo para reduzir parte da parcela a ser paga. O tempo total do contrato pode ser de até 30 anos.

Taxações de acordo com as faixas de renda

É importante ressaltar que o governo cobra os juros segundo a faixa de renda e região em que o titular reside. Para quem mora no Norte e Nordeste a cobrança tende a ser menor em comparação com o restante do país. Confira a divisão dos grupos:

Renda até R$ 2.000

  • Norte e Nordeste: 4,25% ao ano para cotistas do FGTS e 4,75% para não cotistas
  • Sul, Sudeste e Centro-Oeste: 4,5% para cotistas do FGTS e 5% para não cotistas

Renda de R$ 4.000 a R$ 7.000

  • Nesse caso, as novas taxas são as mesmas no país todo: 7,16% ao ano para cotistas do FGTS e 7,66% para não cotistas.
Novos juros e valores de financiamento aceitos no Casa Verde e Amarela (Imagem: Reprodução/Caixa)
Novos juros e valores de financiamento aceitos no Casa Verde e Amarela (Imagem: Reprodução/Caixa)

Limite do valor do financiamento

Outra mudança aplicada foi o reajuste no teto dos imóveis que em algumas cidades sobre até 15%. Quanto maior o município e mais povoado, mais alto tende a ser o limite do financiamento, variando também de acordo com as regiões do país:

  • No Distrito Federal e nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro: de R$ 145 mil para R$ 166,75 mil
  • Na região Sul e nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais: de R$ 140 mil para R$ 161 mil
  • No Centro-Oeste: de R$ 135 mil para R$ 155,25 mil
  • No Norte e Nordeste: de R$ 135 mil para R$ 155,2 mil

Teto orçamentário nas cidades entre 20 mil e 50 mil

  • No Distrito Federal e nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro: de R$ 145 mil para R$ 159,5 mil
  • Na região Sul e nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais: de R$ 140 mil para R$ 154 mil
  • No Centro-Oeste, Norte e Nordeste: de R$ 135 mil para R$ 148,5 mil

Teto orçamentário nas capitais e regiões metropolitanas

  • No Distrito Federal e nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro: de R$ 240 mil para R$ 264 mil.
  • Na região Sul e nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais: de R$ 215 mil para R$ 236,5 mil.
  • No Centro-Oeste, Norte e Nordeste: de R$ 190 mil para R$ 209 mil

Capitais e municípios com população maior ou igual a 250 mil habitantes, e capitais regionais e municípios como mais de 100 mil habitantes

  • No Distrito Federal e nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro: de R$ 230 mil para R$ 253 mil
  • Na região Sul e nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais: de R$ 190 mil para R$ 209 mil
  • Demais regiões: de R$ 180 mil para R$ 198 mil

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.