Open Banking: afinal, o que você ganha ao compartilhar seus dados com o banco?

Pontos-chave
  • Open Banking concede o poder de decisão e autonomia aos clientes bancários
  • É possível comparar serviços e produtos entre instituições financeiras 
  • Os dados só serão compartilhados se o cliente desejar

O Open Banking já está sendo implementado no Brasil e atualmente está na segunda das quatro fases. Nesta etapa, os clientes de serviços bancários já podem compartilhar seus dados. Conheça as principais vantagens que os brasileiros terão ao utilizar a novidade.

Open Banking: afinal, o que você ganha ao compartilhar seus dados com o banco?
Open Banking: afinal, o que você ganha ao compartilhar seus dados com o banco? (Imagem: Startup Stock Photos/Pexels)

Através do Open Banking, os consumidores acabam tendo a chance de criar seu “banco próprio”, dando o poder de decisão e escolha. 

Principais vantagens do Open Banking 

Adesão

Os dados só serão compartilhados se o cliente desejar. Isto é o que o Banco Central chama de “consentimento”, e precisa ser uma manifestação livre do cliente “informada, prévia e inequívoca de vontade”.

Cada cliente pode escolher quais dados deseja compartilhar e com quais instituições.

Empréstimos e financiamentos

Atualmente, as informações financeiras de cada cliente só podem ser acessadas pelo banco no qual ele é cliente.

Sendo assim, as taxas oferecidas em empréstimos pessoais, consignados ou cheque especial são determinadas livremente e não é possível fazer uma comparação com outras instituições.

Caso o cliente queira buscar crédito em outro banco, não haverá um histórico de relacionamento. Por contra disso, o novo banco determina taxas mais elevadas, pois ele não tem como saber se o cliente poderá pagar.

A partir do open banking, o cliente poderá levar esse histórico para o novo banco. Em posse das informações, a nova instituição poderá ofertar melhores condições de pagamento e abrir concorrência com a instituição em que esse cliente mantinha uma conta.

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Cartão de crédito

O sistema irá facilitar o comparativo entre os bancos ajudando os usuários a encontrarem as melhores condições para a aquisição de um cartão de crédito.

Investimentos

Em posse dos dados de cada cliente, as empresas poderão dar um aconselhamento aprimorado nos investimentos.

Já é possível atualmente fazer a portabilidade de conta, o que facilita quando é preciso sair de uma empresa de investimentos ou corretora e ir para outra. Porém com o open banking, o processo de análise de dados será mais rápido.

Quem pode participar da plataforma

A participação dos grandes e médios bancos do país classificados como S1 (com porte igual ou superior a 10% do Produto Interno Bruto, ou que possuam atividade internacional relevante, independente do porte). E do segmento S2 (porte inferior a 10% e igual ou superior a 1% do PIB), é obrigatória.

Já para as outras instituições, a participação é opcional.

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Open Banking (Imagem: CIO)

Terceira fase em outubro

O Banco Central decidiu adiar para o dia 29 de outubro, a terceira fase do open banking. A decisão do adiamento veio das solicitações dos bancos e das fintechs que argumentaram ter pouco tempo para implantar as mudanças nos sistemas.

Através de nota, o BC explicou que o período de testes para certificar as instituições que estão prontas para a terceira fase do Open Banking, estava comprometido pela necessidade de ajustes.

“O pedido feito ao Banco Central decorreu da necessidade de ajustes nas especificações técnicas, que comprometeram o prazo para realização de testes para a certificação das instituições”, dizia o comunicado.

Nesta fase, as instituições bancárias farão o compartilhamento das ferramentas para facilitar as transferências por PIX.

O Banco Central reafirmou o compromisso com a implementação do novo sistema.

“O Banco Central reforça o seu compromisso para que o open banking alcance os seus objetivos, de forma segura e efetiva para os clientes das instituições participantes, permanecendo vigilante no processo de sua implementação”.

Já a quarta fase, trará a troca de informações entre as instituições a respeito dos demais produtos financeiros, como câmbio, investimentos, previdência e seguros.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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