Ministério da Economia anuncia salário mínimo 2022 maior que o esperado

Nesta quinta, 16, o Ministério da Economia informou o aumento de 6,2% para 8,4% para a  projeção da inflação de 2021 que é medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Este indicador é a base de cálculo para o reajuste do salário mínimo segundo a inflação. Sendo assim, se o aumento vir a se confirmar, o salário mínimo deve subir para R$1.192,40 no próximo ano.

Ministério da Economia anuncia salário mínimo 2022 maior que o esperado
Ministério da Economia anuncia salário mínimo 2022 maior que o esperado (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

O rendimento está R$23,4 maior que o esperado pelo governo federal em seu Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) 2022. No projeto, o novo salário mínimo estava previsto para ser de R$1.169.

Esta previsão pode passar por mudanças no decorrer do ano, baseada nas projeções de aumento dos preços.

Neste ano, o salário mínimo não repôs a inflação de 2020. O governo aplicou a correção de 5,26%, porém o INPC ficou acima disso, em 5,45%. Para não afetar o poder de compra dos trabalhadores, o piso salarial deveria ter sido reajustado para R$1.102 ao invés de R$1.100.

Bruno Funchal, secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, disse no último mês, que os R$2 restantes vão ser recompensados pelo governo no fim de 2021, no momento do envio da Medida Provisória que reajustará o mínimo em 2022.

Nada de aumento real 

O salário mínimo é reajustado somente pela inflação desde o ano passado, baseado na projeção do INPC. Por conta disso, não existiu o “aumento real”, que significa que os trabalhadores não ganham poder de compra. O rendimento cresce, porém os produtos também.

Até 2019, a política de reajustes levava em consideração a inflação do ano anterior, medida pelo INPC, acrescido do resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.

Desta forma, a legislação garantia que o piso nacional passasse por um aumento real, acima da inflação, sempre que o pais tivesse aumento econômico.

Por conta da mudança na lei, o governo de Jair Bolsonaro optou por repor somente as perdas.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.