O país atravessa uma fase de preços elevados em diversos itens considerados básicos para a qualidade de vida da população. Entre eles, está o gás de cozinha que já é encontrado por incríveis R$135. E deixa de ser uma realidade para muitas famílias. Porém é importante entender o motivo desta alta acentuada.
Preço do gás de cozinha
- Composição dos preços
O valor do gás é composto pelo preço exercido pela Petrobras nas refinarias com acréscimo dos tributos federais (PIS/Pasep e Cofins) e estadual (ICMS), e ainda o custo de distribuição e revenda.
Os impostos federais que recaem sobre o gás de cozinha estão zerados desde o mês de março, porém, eles compõem apenas 3% do valor do produto. Desta forma, diante das outras variáveis, a diminuição no preço do gás não foi sentida pelos consumidores.
- Petróleo
O gás utilizado nas coxinhas é um derivado do petróleo. Os preços do petróleo pelo mundo estão em alta este ano em decorrência da recuperação do consumo após a pandemia do coronavírus.
Os preços internacionais do barril de petróleo já cresceram mais de 40% desde o começo deste ano. O gás consumido no Brasil é importado o que impacta os preços de sua venda no Brasil.
- Câmbio
Já que uma parte significativa do preço do gás de cozinha está ligado com o valor internacional, o real que está desvalorizado frente ao dólar também impacta a renda do consumidor.
“Se a taxa de câmbio é a alta, faz necessariamente com que a gente tem um custo muito maior de importação e isso se reflete no preço final do petróleo e derivados”, disse Juliana Inhasz.
- ICMS
Este imposto cobrado pelos estados pesa bastante no valor tanto na bomba como para os consumidores. O valor final pago pelos brasileiros em ICMS cresceu este ano em alguns estados. A alíquota, porem, não sofreu alteração.
Isto se dá, pois o tributo é cobrado em cima de uma estimativa de preço médio pago pelos consumidores. Como o preço do GLP subiu, alguns estados também reajustaram o valor de referência sobre o qual é cobrado esse imposto.