Gás de cozinha chega a custar R$ 135 o botijão após nova alta

O país atravessa uma fase de preços elevados em diversos itens considerados básicos para a qualidade de vida da população. Entre eles, está o gás de cozinha que já é encontrado por incríveis R$135. E deixa de ser uma realidade para muitas famílias. Porém é importante entender o motivo desta alta acentuada.

Gás de cozinha chega a custar R$ 135 o botijão após nova alta
Gás de cozinha chega a custar R$ 135 o botijão após nova alta (Imagem: Caetano Barreira / Reuters)

Preço do gás de cozinha

  • Composição dos preços 

O valor do gás é composto pelo preço exercido pela Petrobras nas refinarias com acréscimo dos tributos federais (PIS/Pasep e Cofins) e estadual (ICMS), e ainda o custo de distribuição e revenda.

Os impostos federais que recaem sobre o gás de cozinha estão zerados desde o mês de março, porém, eles compõem apenas 3% do valor do produto. Desta forma, diante das outras variáveis, a diminuição no preço do gás não foi sentida pelos consumidores. 

  • Petróleo 

O gás utilizado nas coxinhas é um derivado do petróleo. Os preços do petróleo pelo mundo estão em alta este ano em decorrência da recuperação do consumo após a pandemia do coronavírus.

Os preços internacionais do barril de petróleo já cresceram mais de 40% desde o começo deste ano. O gás consumido no Brasil é importado o que impacta os preços de sua venda no Brasil.

  • Câmbio 

Já que uma parte significativa do preço do gás de cozinha está ligado com o valor internacional, o real que está desvalorizado frente ao dólar também impacta a renda do consumidor.

“Se a taxa de câmbio é a alta, faz necessariamente com que a gente tem um custo muito maior de importação e isso se reflete no preço final do petróleo e derivados”, disse Juliana Inhasz.

  • ICMS

Este imposto cobrado pelos estados pesa bastante no valor tanto na bomba como para os consumidores. O valor final pago pelos brasileiros em ICMS cresceu este ano em alguns estados. A alíquota, porem, não sofreu alteração.

Isto se dá, pois o tributo é cobrado em cima de uma estimativa de preço médio pago pelos consumidores. Como o preço do GLP subiu, alguns estados também reajustaram o valor de referência sobre o qual é cobrado esse imposto.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.