Alta da taxa Selic muda condições para financiamento imobiliário

Diferente da redução de juros do crédito imobiliário que deve ser comunicada  oficialmente hoje, 15, pela Caixa Econômica, os bancos privados iniciaram um processo de elevação de taxas em meio as altas recentes da taxa básica de juros, a Selic.

Alta da taxa Selic muda condições para financiamento imobiliário
Alta da taxa Selic muda condições para financiamento imobiliário (Imagem: Jornal Destaque Baixada)

Pedro Guimarães, presidente da Caixa, já havia antecipado esta queda dos juros no banco. Suas declarações foram encaradas no setor financeiro, como um aceno político ao presidente Jair Bolsonaro.

No caminho contrário da Caixa, os bancos privados vem aumentando suas taxas. O Itaú, por exemplo, subiu nesta quarta, 15, os juros da modalidade tradicional do crédito imobiliário, de 7,30% ao ano mais TR (taxa referencial, que está zerada desde 2017) para 8,30% ao ano mais TR.

Em contrapartida, a instituição irá diminuir seus juros iniciais em outra modalidade. O crédito com juros da poupança, passará de 3,45% ao ano para a partir de 2,99% ao ano, mais o rendimento da caderneta de poupança, que muda de acordo com a Selic, que está em alta neste momento.

Segundo nota do Itaú, os contratos de financiamento já firmados não passarão por mudanças.

Banco do Brasil não deve seguir a Caixa

O movimento de alta nos juros também acontece no Santander. No último dia 4, a instituição elevou sua taxa de crédito imobiliário tradicional, que começava em 7,99% ao ano + TR para 8,99% ao ano mais TR. Esta é segunda alta recente adotada pelo banco.

“O Santander Brasil está atento ao mercado e ao cenário econômico do país. Fomos o primeiro banco a baixar as taxas quando adequado, e também entendemos a necessidade de ajustar as taxas, nesse momento de alta da Selic e da curva futura dos juros”, disse o banco em nota.

O BB também aumentou recentemente suas taxas. O crédito tradicional atualmente é concedido com juros partindo de 6,85% ao ano mais TR. No mês passado, era cobrada uma taxa partir de 6,39% + TR.

Em nota o banco do Brasil disse que “monitora e avalia permanentemente os fundamentos do mercado e a concorrência, sempre no propósito de estabelecer sua política de preços em condições competitivas”. 

De acordo com especialistas da área, a tendência do BB é não acompanhar a política de redução de juros da Caixa e, desta forma, continuar alinhado à prática do mercado.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.