Governo federal ultrapassa seu teto de gastos. Prestes a encerrar o auxílio emergencial, o ministério da economia já esgotou a verba destinada ao programa. Inicialmente, tinham sido reservados R$ 40 bilhões para suprir as mensalidades previstas em 2021. No entanto, o valor foi extrapolado ainda na quinta rodada, faltando mais dois pagamentos até o fim do ano.
As mensalidades do auxílio emergencial estão custando caro para a União. De acordo com o último levantamento realizado, o governo federal já ultrapassou o limite orçamentário determinado para o projeto. Atualmente há cerca de 35,4 milhões de pessoas sendo contempladas.
Teto de gastos do auxílio emergencial
Segundo os números do próprio governo, o auxílio esse ano beneficiou 26,1 milhões de brasileiros desempregados ou autônomos e 9,3 milhões de beneficiários do Bolsa Família. Somente a quinta parcela teve um custo de R$ 5,4 bilhões.
Com a extensão das três novas rodadas, a equipe econômica precisou realocar novos R$ 20 bilhões para seu custeio. Com isso, o programa já ultrapassa o valor de R$ 50 bilhões somente em 2021.
Trata-se do maior orçamento descrito no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual), responsável por detalhar as despesas do governo para o Poder Executivo e para os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social.
Renovação negada
Diante das despesas mencionadas, o ministro da economia, Paulo Guedes, afirma não ter a possibilidade de manter o projeto operando em 2022. De acordo com ele, essa população passará a ser contemplada através do Auxílio Brasil que deve gerar uma despesa em torno de R$ 50 bilhões ao ano.
O novo programa substituirá também o atual Bolsa Família cujo o orçamento é de R$ 35 bilhões. Desse modo, os segurados do BF e do auxílio deverão ser integrados na mesma pasta, com mensalidades de aproximadamente R$ 300.
O texto do novo projeto já foi encaminhado para o Congresso Nacional, mas não teve seu orçamento detalhado. É válido ressaltar que a maior dificuldade do governo, neste momento, é justamente de alinhar sua contabilidade para não ultrapassar o teto de gastos determinado pelos parlamentares.
A previsão é de que os informes financeiros do novo Bolsa Família sejam publicados até o fim de outubro.