Calendário de vacinação em SP muda com combinação entre AtraZeneca e Pfizer

Um anúncio recente feito pela Prefeitura de São Paulo (SP) informou que o calendário de vacinação contra a covid-19 passará por algumas mudanças em breve. Isso porque, a capital paulista decidiu fazer uma combinação entre as vacinas Pfizer e AstraZeneca. 

Calendário de vacinação em SP muda com mistura entre AtraZeneca e Pfizer
Calendário de vacinação em SP muda com mistura entre AtraZeneca e Pfizer. (Imagem: Folha UOL)

A ação tem sido chamada de ‘intercâmbio de vacinas’, caracterizado pelo uso de um imunizante distinto na segunda fase da vacinação contra a Covid-19.

A iniciativa foi devidamente autorizada pelo Ministério da Saúde, pelo Plano Estadual de Imunização (PEI) e pelo Comitê Científico do Estado, junto à Organização Mundial da Saúde (OMS). 

A princípio, a combinação entre duas vacinas era liberada somente em determinados casos, como a vacinação de grávidas que iniciaram o esquema vacinal tomando a primeira dose da AstraZeneca. Porém esta decisão provocou dúvidas na população brasileira quanto à eficácia desta combinação. 

Foi então que a infectologista Mirian Dal Ben, afirmou que o resultado é justamente o contrário dos temores. A eficácia proveniente da união entre duas vacinas distintas é totalmente maior.

Lembrando que tanto as vacinas da Pfizer quanto da AstraZeneca, seguem sendo utilizadas normalmente no calendário original de vacinação em adolescentes até que possam ser aplicadas em testes. 

Não importa a ordem, qualquer uma das vacinas pode ser mesclada. Para se ter uma ideia da amplitude do ‘evento’, a previsão é para que 340 mil paulistas compareçam aos postos de vacinação o quanto antes para regularizarem a aplicação da segunda dose da AstraZeneca que está em atraso. 

Por isso, desde a última segunda-feira, 13, começou a utilizar somente a Pfizer para completar a vacinação de todo o público elegível.

A médica ressalta que estudos realizados no Reino Unido, Espanha e Alemanha apontam que esta mistura é inteiramente segura e eficaz, especialmente para a proteção contra a variante Delta, estas são as marcas de vacinas com maior poder de ação.

A especialista ainda ressalta que a Pfizer é a melhor vacina para atender os idosos, sobretudo, aqueles com 70 anos ou mais que tomaram as duas primeiras doses da CoronaVac no início do ano. O recomendado é para que façam o reforço vacinal com a terceira dose da Pfizer.

“Embora a Coronavac seja uma vacina muito boa e que tenha salvado muita gente no Brasil, ela tem uma eficácia menor que a da Pfizer”, completou.

Cientistas observaram que os cidadãos cuja vacinação mesclou doses distintas, têm chances de desenvolver sintomas mais leves e moderados a partir da segunda dose.

É o caso dos calafrios, febre, dor de cabeça, fadiga, dor nas articulações e dor muscular, mal-estar e dor no local da injeção. Os sintomas costumam ser amenos em comparação à situação de quem tomou as duas vacinas do mesmo fabricante.

Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.