Nessa semana, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), liberou um novo estudo onde revela que o salário mínimo previsto para 2022 é completamente insuficiente para manter os direitos básicos da população. O valor apontado pela equipe econômica federal é de R$ 1.169, sendo o necessário com base na atual inflação ser R$ 5,4 mil.
Manter as contas em dia e por comida na mesa tem sido uma questão cada vez mais difícil no Brasil. Atualmente a cesta básica está sendo comercializada por R$ 1 mil, o botijão de gás passou a custa R$ 100 e a gasolina está em R$ 7.
Com isso, o atual salário mínimo está cinco vezes menor que o necessário para sustentar uma família de até quatro pessoas.
Levantamentos do Dieese revelam necessidade de reajuste
Diante do atual cenário de cline, com a inflação em aproximadamente 7,46%, o Dieese foi contabilizar quanto custa o sustento de uma família brasileira. Para ter acesso aos direitos básicos, relacionados a moradia, saúde, alimentação e educação, é preciso que o cidadão tenha uma renda de R$ 5,4 mil.
Porém, o valor é cinco vezes menor que a atual quantia ofertada, de R$ 1.100. Com isso, não tem sido possível manter a dignidade de milhares de famílias que recentemente vêm se submetendo a encarar filas longas em supermercados para comprar ossos em substituição a carne e até mesmo ao ovo.
O que diz o governo federal?
Enquanto a imprensa e demais instituições emitem alertas sobre o atual cenário de crise brasileira, o governo do presidente Jair Bolsonaro negligencia totalmente a situação.
No ato realizado nesse 7 de setembro, o chefe de estado não mencionou nenhuma das pautas acima, tendo seu discurso com foco em ameaças ao Supremo Tribunal Federal e demais representações legais.
Já o Ministro da Economia, Paulo Guedes, nega que a população venha sofrendo com os desdobramentos da inflação. Para ele, trata-se de um cenário de ajustes para garantir o desenvolvimento econômico a longo prazo do país.
Até o momento os governadores e prefeitos, fortemente criticados por Bolsonaro, estão sendo os responsáveis por adotar e consolidar novas políticas públicas sociais que forneça assistência aos menos favorecidos.