Os consumidores brasileiros devem se atentar quanto ao aumento na conta de luz, pois a bandeira vermelha patamar 2 sofrerá um reajuste. A taxa, na verdade, consiste na criação de uma nova bandeira aplicada à tarifa de energia, denominada de bandeira de escassez hídrica.
Esta nova bandeira passará a incidir desta quarta-feira, 1º de setembro, até o dia 30 de abril de 2022. A taxa cobrada por ela será de R$ 14,20 a cada 100 kWh, o que representa um aumento de 49,6%, ou R$ 4,71, em comparação à original bandeira vermelha que, até então, cobrava R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos.
O sistema de bandeiras foi criado em 2015, com o objetivo de manter o consumidor brasileiro ciente sobre o consumo de energia elétrica, bem como sobre a situação por todo o país.
Cada uma das cores: verde, amarela e vermelha, indicam a gravidade e respectiva cobrança extra no valor final sinalizado ao consumidor.
A bandeira verde, por exemplo, é aplicada quando o cenário é favorável, já a amarela atua como um alerta para o início da gravidade, até atingir a cor vermelha.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a criação da bandeira de emergência hídrica na conta de luz será responsável por um aumento de, em média, 6,78% no valor cobrado dos consumidores brasileiros.
Por exemplo, se no mês de agosto a média cobrada dos consumidores foi de, R$ 60, com a incidência da bandeira vermelha no patamar 2, o valor final foi de R$ 69,49.
Com a incidência da nova bandeira implementada, a conta de luz a partir do dia 1º de setembro que tiver a mesma média mencionada, cobrará um extra de R$ 14,20, totalizando em R$ 74,20.
A verba proveniente da cobrança das bandeiras na conta de luz é direcionada às usinas termelétricas de acordo com o uso mais abrangente de cada uma delas.
É importante explicar que foi preciso recorrer às termelétricas em virtude da seca que provocou a atual crise hídrica e, por consequência, diminuiu o reservatório de hidrelétricas afetando diretamente a geração de energia.
Na oportunidade, o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, informou que se a situação hídrica apresentar alguma melhora significativa, existe a possibilidade de a tarifa cobrada sobre a conta de luz ser modificada antes do previsto.
“A própria decisão [de criação da bandeira] contempla o comando de suspender a decisão ou rever os valores. Está sendo feito o acompanhamento contínuo”, explicou.