No Estado do Rio de Janeiro (RJ), mais de 160 mil segurados permanecem na fila de espera de análises dos pedidos a benefícios previdenciários. Concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), não é uma novidade esta demora para se posicionar perante os requerimentos enviados.
Mas esta fila também é composta por beneficiários que alegaram ter o benefício do INSS negado ou até mesmo bloqueado repentinamente.
É o caso de Nelson Carvalho que deu entrada no pedido da aposentadoria no mês de fevereiro de 2020 e até hoje não obteve resposta. O comerciante explica, em entrevista ao Jornal Extra, que o INSS recusou o pedido de imediato com a justificativa de tempo de contribuição insuficiente.
Em resposta o INSS alegou em nota que após o indeferimento do pedido, o segurado deu entrada no pedido de recurso solicitando tempo de contribuição. Mas agora, o órgão apenas informou que o pedido foi incluído na fila de espera e será analisado de acordo com a ordem cronológica de entrada.
Na oportunidade, o INSS informou que tem recorrido a todas as alternativas viáveis para acelerar a análise dos pedidos previdenciários. Essas ações consistem na contratação de servidores temporários, ampliação das equipes de análise, bem como a quantidade de benefícios liberados no modelo automatizado.
O INSS ainda mencionou um alto índice de ausências por parte dos segurados que agendaram atendimentos, mas não compareceram. É preciso estar ciente de que tal negligência afeta diretamente o processo de análises e julgamentos dos pedidos do INSS.
Em contrapartida, se tratando do número de esperas geral do INSS, houve uma redução notável nas últimas semanas. O processo se refere à perícia médica para receber o auxílio doença, que foi reduzida em 47%.
Os números consistem em uma comparação entre maio e junho de 2021, época em que os números caíram de 592,1 mil para 312,5 mil.
Realizado pelo Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) através da Lei de Acesso à Informação, o levantamento ainda precisa ser conferido pela Subsecretaria da Perícia Médica Federal da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho.
A subsecretaria ainda disse que todos os requerimentos estão sendo analisados em um tempo aproximado de 35 dias, dez dias a menos do prazo original do INSS que é de 45 dias.
Do total, 160,8 mil pedidos de auxílio-doença foram concedidos, enquanto 151,3 mil foram indeferidos. Do total de análises, 47% dos 321 mil pedidos foram negados.