No ano que vem, a conta de luz deve ficar até 16,68% mais cara em 2022, de acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Davi Antunes, o superintendente de Gestão Tarifária da agência, foi o responsável pela projeção dada em uma audiência pública da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, na última segunda,16.
A razão do aumento é a crise que paira nas principais hidrelétricas do Brasil e a pior crise hídrica dos últimos 91 anos. Davi alegou que o reajuste nas contas é necessário como forma de controlar a crise.
A Aneel, porém, planeja tomar algumas medidas para reduzir o impacto financeiro para os consumidores. Se estas medidas começarem a valer, o aumento nas contas seria de 10,73% no ano que vem.
A retomada economia além de aumentar o consumo de energia , está andando juntamente com a crise hídrica. No mês de junho, o consumo total de energia no país aumentou 12,5% em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da EPE (Empresa de Pesquisa Energética).
Aumento para consumidores
No fim do mês de junho, a Aneel fez o reajuste do valor da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em 52% fazendo a cobrança extra ir de R$6,24 para R$9,49 para cada 100 kWh gastos.
O custo extra é adicionado nas contas de energia quando o custo de produção sobe. A falta de água nos reservatórios é o maior motivo que leva a este aumento.
Elisa Bastos, a diretora da Aneel, disse que algumas medidas que precisam ser tomadas de forma excepcional como forma de controlar a falta de energia hidrelétrica, como geração térmica, que é mais cara e importação de energia de países vizinhos, que causam um aumento nas contas de luz.
A diretora afirma que a volta das chuvas é uma esperança neste momento, além da reação dos brasileiros em meio a contas mais caras e das campanhas pelo uso consciente da energia.
Em junho, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil, acelerou a alta para 0,96%, após ter registrado taxa de 0,53% no mês anterior. A alta nas contas de luz pressionou o índice.