- Comerciantes se apoiam no avanço da vacinação para normalidade no mercado;
- Média de mortes por Covid-19 no Brasil aumentou nos últimos dias;
- Mais de 50% da população brasileira já recebeu a primeira dose da vacina.
Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, os cidadãos brasileiros estão voltando gradativamente à rotina pré-pandemia. Em virtude da quantidade de brasileiros imunizados parcial ou totalmente, alguns estados e municípios decidiram flexibilizar as medidas de restrição no comércio.
Um outro fator que contribuiu para a flexibilização do comércio nas últimas semanas foi o Dia dos Pais, comemorado no último domingo, 8.
Apesar de a data não ter um grande fluxo como acontece no Dia das Mães ou Natal, é um momento em que o consumo costuma ter um leve aumento, o que tem sido essencial diante da crise econômica que o país vem enfrentando.
Observe como anda a flexibilização no comércio das principais capitais brasileiras.
São Paulo (SP)
Nesta quinta-feira, 12, seis cidades do ABC Paulista optaram por não aderir às flexibilizações no comércio local, conforme determinado pelo Governo de São Paulo (SP).
No mês passado, o governador de São Paulo, João Doria, decidiu ampliar o horário de funcionamento do comércio até a meia-noite, bem como a taxa de ocupação dos estabelecimentos em até 100%.
A decisão do ABC Paulista foi tomada considerando o novo agravo no cenário da pandemia em virtude da variante Delta que já chegou aos municípios de Mauá, Santo André, Diadema, São Bernardo do Campo, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. O comércio nestas cidades atua com a capacidade de 80% das 06h à 00h.
De acordo com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, ressaltou que “o objetivo das prefeituras do Grande ABC é conter o avanço da variante delta do novo coronavírus em todo o estado de São Paulo e aguardar a aplicação da cobertura vacinal”.
O recuo de algumas administrações quanto às flexibilizações do comércio liberadas pelo governo estadual está relacionada à promessa do Governo de SP em imunizar toda a população adulta com mais de 18 anos com a primeira dose da vacina até os próximos dias. Portanto, entende-se que se esta meta realmente for cumprida, existe a possibilidade de as restrições serem amenizadas.
Belo Horizonte (MG)
A Prefeitura de Belo Horizonte decidiu flexibilizar as restrições do comércio local. As atividades mais afetadas e que poderão se estabilizar são aquelas que atuam no setor de eventos.
Diante das flexibilizações, o comércio varejista fica autorizado a funcionar entre 09h e 12h e o atacadista, das 05h às 17h. Estabelecimentos estéticos e atividades executadas no modelo drive-in não possuem restrições de funcionamento.
Já os centros comerciais e galerias de lojas podem ficar abertas das 09h às 20h, enquanto o horário de funcionamento dos shoppings é das 10h às 21h. Os estabelecimentos do setor alimentício possuem algumas particularidades, por exemplo:
- Funcionamento diário: das 11h às 22h;
- Retirada de pedidos: até às 21h;
- Entregas à domicílio: não há restrições.
Rio de Janeiro (RJ)
A retomada do comércio carioca está ameaçada pela suspensão temporária do calendário de vacinação em virtude da falta de doses dos imunizantes.
Tanto a Federação do Comércio (Fecomércio-RJ) quanto a Associação Comercial do Rio de Janeiro estão preocupadas com a situação e pedem que o Ministério da Saúde cumpra o cronograma de entrega das vacinas para não agravar ainda mais a situação.
As entidades ainda lembram que o comércio de bens, serviços e turismo foram as áreas mais afetadas pela pandemia da Covid-19. Neste sentido, no final do mês de julho, a Prefeitura do Rio de Janeiro lançou a campanha “Rio de Novo, um ano de reencontros”.
A ação tem o objetivo de estimular o avanço do calendário de vacinação para que as medidas de restrição possam ser flexibilizadas, liberando o pleno funcionamento do comércio e outros estabelecimentos a partir do dia 2 de setembro.
Os estádios voltarão a receber o público com 50% da taxa de ocupação, desde que essas pessoas já tenham tomado as duas doses da vacina.
Registros de Covid-19 no Brasil
Na última quinta-feira, 12, o Brasil registrou 975 mortes causadas pela Covid-19 em 24 horas. Ao todo, já são 566.988 óbitos desde o início da pandemia no país, em meados de março de 2020.
Para se ter uma ideia da amplitude da situação, a média móvel de mortes chegou a 884 na última semana. Em comparação a semanas anteriores, a média apresenta uma tendência para se estabilizar.
Somente nas últimas horas, o Brasil ainda registrou 35.571 casos confirmados para Covid-19. No que compete aos óbitos, três estados se destacam com mais de cem mortes nos últimos dias, são: São Paulo com 294, Rio de Janeiro com 175 e Minas Gerais com 112.
Vacinação contra a Covid-19
Dados obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa apontam que mais de 160 milhões de doses já foram aplicadas nos brasileiros desde janeiro. A soma de ambas as doses resultou em 160.315.979 vacinas aplicadas.
Até o momento, 112.046.147 brasileiros já tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19, o equivalente a 52,91%. Enquanto isso, 48.269.832 cidadãos já estão com o esquema vacinal concluído, ou seja, 22,80% da população.