O IPCA (índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acelerou a alta para 0,96% no último mês, logo após registrar 0,53% em junho. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a alta nas contas de luz foi a principal responsável pelo avanço da inflação.
“Essa é a maior variação para um mês de julho desde 2002, quando o índice foi de 1,19%”, disse o instituto.
Diante deste resultado, a inflação acumulada em 12 meses atingiu 8,99%, a taxa mais alta desde maio de 2016, quando bateu 9,32%. No ano, o IPCA já acumula uma alta de 4,76%.
Desde o mês de março, o indicador acumulado em 12 meses tem estado cada vez mais acima do teto da meta determinada pelo governo para a inflação de 2021, que é de 5,25%.
O resultado está levemente acima do projetado. Segundo pesquisa da Reuters, os especialistas projetavam uma alta de 0,94% no último mês, acumulando uma alta de 8,98% em 12 meses.
Confira o resultado de cada grupo pesquisado
8 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, apresentaram alta no último mês:
- Alimentação e bebidas: 0,6%
- Habitação: 3,1%
- Artigos de residência: 0,78%
- Vestuário: 0,53%
- Transportes: 1,52%
- Despesas pessoais: 0,45%
- Educação: 0,18%
- Comunicação: 0,12%
- Saúde e cuidados pessoais: -0,65%
O único grupo que não apresentou alta, o de saúde e cuidados pessoais, foi atingido pela queda nos preços dos planos de saúde diante do reajuste negativo de -8,19% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 8 de julho.
Resultados regionais
Em todas as 11 regiões pesquisadas pelo IBGE, a inflação registrou variação positiva no último mês, sendo que em quatro delas o índice ficou mais alto que a média nacional.
A região metropolitana de Curitiba, foi o local com o maior índice, com influência das altas nos preços das passagens aéreas e da energia elétrica, segundo o IBGE.
Já o menor resultado ocorreu em Aracaju, em decorrência da queda nos preços do seguro voluntário de veículo e dos planos de saúde.