Sem patrocínios, salário da Marta é menor nas Olimpíadas de Tóquio?

Desde a Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2019, Marta calça um par de chuteiras pretas somente com um símbolo da igualdade em rosa e azul na lateral. Foi assim em sua estreia nas Olimpíadas de Tóquio em 21 de julho, no jogo do Brasil contra a China, onde fez dois dos cinco gols brasileiros. E no empate em 3 a 3 contra a Holanda no último sábado (24), quando marcou mais um gol.

Sem patrocínios, salário da Marta é menor nas Olimpíadas de Tóquio?
Sem patrocínios, salário da Marta é menor nas Olimpíadas de Tóquio? (Imagem CBF)

A maior artilheira em Copas entre homens e mulheres, com 17 gols, não possui patrocínio de nenhuma marca esportiva desde 2018. No mundial do ano seguinte, iniciou o protesto silencioso a favor da igualdade salarial entre homens e mulheres no futebol em parceria com a iniciativa global “Go Equal”, que defende a igualdade de gênero no esporte.

Falta de igualdade salarial no esporte

Nesses últimos anos, a jogadora recusou propostas por entender que os valores oferecidos não estavam à altura do que ela, nomeada seis vezes a melhor jogadora do mundo, representa para o futebol.

Antes das Olimpíadas deste ano, a principal jogadora do Brasil comentou sobre a opção de não usar nenhuma marca no evento.

“Estou usando a mesma chuteira. Com o mesmo símbolo, o ‘Go Equal’. E continua sendo uma opção minha. Não é só pelo dinheiro em si. É toda uma história. Mas muitas vezes, os contratantes da patrocinadora não enxergam por esse lado. É um conjunto de coisas para a minha decisão. E posso ver que, por outro lado, isso ajudou outras atletas”, afirmou a artilheira.

Nas fotos oficiais da seleção brasileira para as Olimpíadas de Tóquio, Marta usou o cabelo para esconder o símbolo da Nike, fornecedora esportiva da CBF.

Salário da Marta

Segundo a imprensa nacional, o salário mensal da jogadora Marta gira em torno de 400 mil euros, algo em torno de R$ 2,4 milhões. 

No entanto, nas Olimpíadas sem patrocínio praticamente nada muda, já que a jogadora não recebe nenhum investimento relevante fora da competição.

Embaixadora da Boa Vontade da ONU

Marta é embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres desde 2018 por causa das lutas sociais que ela defende. 

De acordo com o portal da ONU, a atacante “dedicará seus esforços para apoiar o trabalho das mulheres pela igualdade de gênero e empoderamento das mulheres em todo o mundo, inspirando mulheres e meninas a desafiar estereótipos, superar barreiras e seguir seus sonhos e ambições, incluindo na área do esporte”.

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