Valor da gasolina e etanol tem crescimento em 18 estados do Brasil, diz pesquisa

Pontos-chave
  • A gasolina comum foi vendida a R$ 5,83 na semana passada;
  • O etanol foi comercializado a R$ 4,344 no período;
  • Os combustíveis acumulam elevação nos últimos meses.

Na semana passada, o valor da gasolina e etanol apresentaram aumento em 18 estados e no Distrito Federal. A pesquisa foi levantada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilada pelo AE-Taxas, conforme informou o Estadão.

Valor da gasolina e etanol tem crescimento em 18 estados do Brasil, diz pesquisa
Valor da gasolina e etanol tem crescimento em 18 estados do Brasil, diz pesquisa (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O levantamento da ANP aponta que a gasolina comum foi vendida, na semana passada, a R$ 5,83 por litro. Desde o início deste ano, o combustível apresenta elevação de R$ 1,26. Este valor representa uma variação de 27,6%.

Do mesmo modo, o diesel comum também registrou aumento. Na semana passada, houve um leve aumento de R$ 0,03. Ao comparar com o mês de janeiro, a elevação foi de R$ 0,93% — equivalente a 25,3%.

Valor do etanol

Ainda conforme o levantamento, na semana passada, os preços médios do etanol hidratado tiveram alta em 18 estados e no Distrito Federal. Por outro lado, houve o registro de queda em 7 estados. Vale destacar que o estado do Amapá não teve levantamento.

Ao considerar os postos pesquisados no Brasil, o valor médio do etanol teve alta de 0,51% — ao comparar a semana passada com a anterior. O preço saltou de R$ 4,322 para R$ 4,344 o litro.

O menor preço registrado foi em um posto em São Paulo. A ANP identificou um local com o valor de R$ 3,189 o litro. Já o menor preço médio estadual foi em Mato Grosso. Neste estado, o valor foi de R$ 4,091.

Por outro lado, o posto com o maior preço foi no Rio Grande do Sul. O valor foi de R$ 6,890. Já o maior valor médio estadual também foi registrado no Rio Grande do Sul. Este estado teve o prelo médio de R$ 5,834.

Na perspectiva mensal, o valor médio do biocombustível nacional apresentou redução de 1,30%. Minas Gerais foi o estado com a maior redução no período analisado. O litro deste estado apresentou diminuição de 2,61%. Por outro lado, Amazonas foi o estado com a maior alta, com elevação de 6,31%.

Competitividade do valor da gasolina e etanol

Apenas o estado de Mato Grosso registrou, na semana passada, o etanol mais competitivo em relação à gasolina. Neste estado, a paridade foi de 68,99%. Com relação às demais Unidades da Federação, a gasolina apresentou valores mais vantajosos. O estado do Amapá não foi analisado.

Para ser considerado vantajoso, os critérios indicam que o etanol de cana ou de milho apresente um valor limite de 70% do derivado de petróleo nos postos. Conforme a média dos postos no Brasil, o etanol conta com paridade de 74,12% em relação à gasolina.

O consumidor final tem percebido o aumento dos combustíveis nos postos
O consumidor final tem percebido o aumento dos combustíveis nos postos (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mudanças na Petrobras

Diante dos aumentos no valor dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro decidiu, em fevereiro, mudar o comando da Petrobras. Assim, o general Joaquim Silva e Luna passou a ocupar a presidência da companhia em abril deste ano.

O objetivo dessa mudança foi de controlar a elevação do preço dos combustíveis. Mesmo que os reajustes tenham acontecido de forma menos frequente, houve aumento nos preços.

No começo deste mês, a Petrobras anunciou reajustes nos valores dos combustíveis nas refinarias. Na ocasião, o diesel aumentou em 3,7%, e a gasolina subiu 6,3%.

Ao considerar os três meses em que Joaquim Silva e Luna esteve no comando da companhia, o preço médio do diesel registrou aumento de 9,3%. Já a gasolina comum elevou em 7,2%. Esses dados foram levantados pela ANP.

Com relação ao preço cobrado nas bombas, entre a semana de 18 de abril e a de 11 de julho, o diesel passou de R$ 4,20 para R$ 4,59. A gasolina comum, por sua vez, aumentou de R$ 5,44 para R$ 5,83.

O coordenador técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), ligado à Federação Única dos Petroleiros (FUP), William Nozaki, afirmou, ao UOL, que os reajustes não estão relacionados aos impostos estaduais.

Ele entende que as elevações para o consumidor acontecem — mesmo sem os reajustes da Petrobras —por conta dos elos da cadeia, que atuam de forma independente.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.