Auxílio-doença sem perícia médica deve ser pago em até 60 dias pelo INSS

INSS pode alterar regras de concessão de seus benefícios. Nessa semana, a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados se reuniu para aprovar o Projeto de Lei 4708/20 que suspende a realização das perícias médicas para quem solicitar o auxílio doença. Segundo o texto, a medida pode ocorrer em um prazo de 60 dias. Entenda.

Auxílio-doença sem perícia médica deve ser pago em até 60 dias pelo INSS (Imagem: Marcos Rocha/ FDR)
Auxílio-doença sem perícia médica deve ser pago em até 60 dias pelo INSS (Imagem: Marcos Rocha/ FDR)

Com a pandemia do novo coronavírus ainda em circulação, a realização das perícias médicas pelo INSS tem se tornado um grande problema.

O instituto não vem conseguindo dar conta do fluxo de solicitações, barrando assim a liberação de benefícios como o auxílio doença.

Suspensão da perícia médica

Diante da situação, os parlamentares se reuniram para avaliar a possibilidade de suspender a obrigatoriedade dos exames médicos. Após análise na Câmara, ficou decidido que o INSS será obrigado a pagar o auxílio doença, caso o cidadão não consiga fazer sua perícia médica em até 60 dias.

O valor ofertado pelo abono será de um salário mínimo (atualmente R$ 1.100), podendo ser reajustado após a avaliação final da solicitação. De acordo com o texto, o pagamento será realizado desde que o cidadão cumpra os demais requisitos de liberação do auxílio doença.

Além disso, ele precisará ainda apresentar um atestado médico assinado por um profissional de sua escolha.
Posteriormente aos 60 dias, caso o INSS não consiga avaliar sua pasta, deverá dar início ao seu pagamento.

Justificativa da proposta

Relatora no colegiado, a deputada Tereza Nelma (PSDB-AL) esteve de acordo com o autor do texto, o Domingos Sávio (PSDB-MG), afirmando que a proposta deve ser vista como caráter de urgência, alterando a Lei de Benefícios da Previdência Social.

“A medida assegura o recebimento de um salário-mínimo mensal enquanto o segurado aguarda a realização de perícia médica, mesmo no período após a situação de calamidade pública que vivemos”, destaca a relatora.

É válido ressaltar que o auxílio doença está entre os abonos mais solicitados pelo INSS nos últimos meses. Com a pandemia do novo coronavírus, milhares de brasileiros vem relatando incapacidade de exercerem suas atividades de trabalho.

Para mais informações sobre o auxílio doença e demais benefícios previdenciários, acompanhe nossa página exclusiva do INSS.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.