A atual crise econômica e o aumento da taxa básica de juros, a Selic, preocupa quem está em busca de financiamento imobiliário. Por conta disso, muitos se perguntas se está na hora de comprar a casa própria. Entenda o cenário atual para financiamento no país.
Neste ano, a taxa Selic iniciou com a mínima histórica de 2%. Dessa forma, o acesso ao crédito estava mais fácil. No entanto, a taxa básica de juros tem apresentados reajustes.
Atualmente, a Selic está em 3,5% ao ano. Apesar deste cenário, acrescido à crise financeira, há especialistas com visão positiva sobre o momento atual.
Entenda se está na hora de comprar a casa própria
De acordo com especialistas no setor apurados pelo Correio Braziliense, a perspectiva é de que os bancos não repassem os juros ao comprador.
O presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), as perspectivas são de que não haverá alta nos juros do financiamento no médio e longo prazo.
Mesmo que as taxas cheguem a 5,5%, ele entende que estarão abaixo dos padrões praticados pelo país.
Aroeira destaca que há diversas modalidades de crédito, como o pré-fixado (sem impacto com as mudanças da Selic), atrelado a poupança (com a possibilidade de leve oscilação) e o tradicional — com parcelas fixas, que também não se altera.
O diretor de Negócios do Banestes, Hugo Gaspar, à Gazeta, alegou que a Selic nunca esteve tão baixa. Mesmo com o valor chegando a 3,5% ainda assim, ele entende que é bastante atraente. Segundo ele, a pessoa que comprar um imóvel agora garante pagar par o financiamento com a menor taxa possível.
Além da Selic, a Taxa Referencial (TR) — indexador importante para compor as taxas das instituições financeiras — também apresentou pequena variação nos últimos anos.
Apesar disso mesmo com a situação, vale estar atento se o orçamento e o financiamento comprometerão muito a renda.
Sinal de alerta para o mercado imobiliário residencial
Para Gustavo Favaron, Managing Partner do GRI Club, ao Estadão, o forte aumento da taxa Selic já começa a impactar as condições de financiamento imobiliário disponibilizadas pelos bancos. Ele alega que quanto maiores os juros, maiores serão as parcelas mensais.
De forma geral, Favaron destaca que os 32% do IGP-M acumulado nos últimos 12 meses preocupam o mercado imobiliário. O índice que acompanha os gastos da construção civil, o INCC, aumentou mais de três vezes no acumulado dos últimos 12 meses — acima da inflação oficial.
Ele também ressalta que o valor dos terrenos e lotes em geral aumentaram. Com a demanda imobiliária aquecida, Favaron afirma que os preços inflacionados serão repassados ao consumidor final.
Por um lado, há a correção no preço dos imóveis residenciais. Por outro, no entanto, ele indica o achatamento do poder de compra do consumidor.