Devido à expressiva falta de mão de obra, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pediu socorro à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuário (Infraero) para negociar a transferência temporária de alguns funcionários. O objetivo é suprir a demanda perante o atendimento junto a beneficiários que requerem o apoio da Previdência Social.
A atitude foi precisa após o presidente do INSS, Leonardo Rolim, enviar um ofício ao Ministério da Economia, alegando que uma análise feita pela autarquia constatou que até o mês de dezembro de 2021 haverá uma queda expressiva no número de funcionários que prestam serviços ao instituto.
Ele exemplificou a situação demonstrando que a previsão é para que 2.500 contratos temporários, bem como cerca de 4 mil aposentadorias de servidores do INSS, devem ser encerrados até a época mencionada.
O apanhado desde 2016 até 2021 indicou uma redução de 10 mil funcionários do INSS. No geral, o quadro de contratados teve uma queda de 33 mil para 23 mil.
A escassez de funcionários surgiu junto ao aumento expressivo na fila de espera de análises de requerimentos de benefícios e aposentadorias concedidos pela Previdência Social entre o período de 2019 a 2020.
Parceria com a Infraero
Na oportunidade, o INSS alegou que, “a maioria dos empregados da Infraero deverá atuar nas atividades de apoio e no atendimento aos segurados”.
Este remanejamento permitirá que os servidores de carreira no instituto sejam realocados em atividades exclusivamente voltadas à verificação de benefícios previdenciários. O objetivo principal é agilizar e otimizar a entrega de resultados.
Todo este procedimento que possibilita o apoio de funcionários da Infraero acontece em meio à expectativa de cerca de 20 leilões de aeroportos junto à redução das atividades da respectiva empresa.
Segundo levantamento recente, a Infraero conta com 7.600 funcionários, sendo que destes, 2.100 serão liberados para o remanejamento para outros órgãos.
Desta forma, o INSS será amparado por 251 servidores. Portanto, ao estudar o cenário geral, entende-se que a realocação será benéfica para ambas as instituições.
Entretanto, a oficialização da transferência acontecerá somente após autorização do ministro da Economia, Paulo Guedes. O parecer requer a garantia de que o funcionamento da estatal não será prejudicado.
“A empresa trabalha em conjunto com os órgãos públicos interessados nos seus empregados no sentido de que a liberação dos funcionários ocorra de forma escalonada e atenda o compromisso da Infraero de manter as operações da sua rede de aeroportos até a transferência dos terminais para as empresas vencedoras de leilões de concessão”, declarou em nota.