BPC paga 13° salário ou pensão por morte? Saiba os seus direitos no programa

Pontos-chave
  • Segurados do BPC não terão acesso ao 13º salário do INSS;
  • Benefício funciona como uma espécie de assistência social sem extensão salarial;
  • Cadastramento deve ser feito sob a apresentação de documentos específicos.

Segurados do BPC ficam de fora da folha orçamentária do 13º. Durante o mês de maio o INSS estará liberando a antecipação do abono natalino para seus segurados. No entanto, no caso daqueles vinculados ao órgão pelo Benefício da Prestação Continuada, o acréscimo não será concedido, tendo em vista suas regras. Entenda abaixo os direitos do BPC.

BPC paga 13° salário ou pensão por morte? Saiba os seus direitos no programa (Imagem: Marcos Rocha/ FDR)
BPC paga 13° salário ou pensão por morte? Saiba os seus direitos no programa (Imagem: Marcos Rocha/ FDR)

O BPC nada mais é do que um dos benefícios pagos pelo INSS destinado exclusivamente para a população impedida de trabalhar por questões de saúde. Seu público, em grande maioria, é de baixa renda, sendo idosos ou deficientes que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

Concedido mensalmente por um valor de R$ 1.100 (atual salário mínimo), o BPC pode ser vitalícia mas não é uma aposentadoria. Isso porquê, se trata de um pagamento assistencial e não previdenciário.

Logo, não garante a concessão do pagamento para seus dependentes em caso de morte, por exemplo. Apesar do modelo parecido com a previdência, o benefício se configura como abono assistencial.

Quem deve receber o BPC?

Para ser um contemplado é preciso ter mais de 65 anos ou comprovar alguma deficiência (física, mental, intelectual ou sensorial) que o impeça de trabalhar. Além disso, a família também deve ser de baixa renda, não podendo fornecer auxílio financeiro.

De acordo com a Medida Provisória 1.023/2020 de 31 de dezembro de 2020, a renda per capita familiar do BPC deve ser inferior a ¼ de salário mínimo, ou seja, R$ 275,00.

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Como solicitar o BPC?

O processo de solicitação do BPC exige que o cidadão esteja registrado no Cadastro Único. Somente após passar pelo CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) ou CRAS  (Centro de Referência de Assistência Social) municipal é que o sujeito pode acessar o Meu INSS e solicitar o benefício.

Para poder se candidatar é preciso apresentar a seguinte documentação:

BPC paga 13° salário ou pensão por morte? Saiba os seus direitos no programa (Imagem: Marcos Rocha/ FDR)
BPC paga 13° salário ou pensão por morte? Saiba os seus direitos no programa (Imagem: Marcos Rocha/ FDR)

Uma vez registrado no CadÚnico, o processo fica sob responsabilidade do INSS. Acessando o Meu INSS ou ligando para o 135 o cidadão deve requerer sua inclusão no BPC, enviando os seguintes registros:

Quais os direitos do BPC?

De modo geral o cidadão passa a receber um salário mensal de acordo com o piso nacional em vigor. Porém, a legislação do BPC o exclui de demais acréscimos vinculados ao INSS, como o 13º salário ou a pensão por morte.

Trata-se de um pagamento destinado exclusivamente para o cidadão invalido. Não há a possibilidade de repasse, uma vez em que este não precisou contribuir à Previdência Social para receber o benefício.

Por fim, não se pode esquecer a necessidade, no caso dos deficientes, da avaliação médica. O acompanhamento do quadro clínico da doença se faz necessário para garantir o recebimento de seu salário.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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