Brasileiros passam a protestar solicitando reajuste no auxílio emergencial. Nas últimas semanas, o governo federal vem concedendo as parcelas do coronavoucher com valor máximo de R$ 375. Nesta rodada o benefício foi reduzido em mais de 50%, fazendo com que sindicais e demais movimentos sociais passem a pressionar o governo.
Nessa quarta-feira (26), o dia foi de agitação na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Por volta das 10h grupos começaram a se reunir protestando contra as medidas do governo federal diante do enfrentamento da covid-19. Entre os pedidos, estava o retorno do valor do auxílio emergencial em R$ 600.
O movimento contou com diversos grupos e sindicais, que alegaram ainda urgência no cronograma de vacinação contra o novo coronavírus e afirmavam ser insuficiente os atuais R$ 375 do auxílio emergencial. Passivo, o ato perdurou durante quase todo o dia e não contou com resposta do governo.
Representantes na linha de frente
Entre os participantes do protesto, estavam congressistas da oposição, como os deputados Talíria Petrone (Psol-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-RS), Bohn Gass (PT-RS) Alice Portugal (PC do B-BA) e Jandira Feghali (PC do B-RJ) e o senador Paulo Rocha (PT-PA).
Além disso, a manifestação contou também com a participação de bancários, profissionais da educação, estudantes, funcionários dos Correios e diferentes grupos de trabalhadores e lideranças indígenas.
Parte significativa daqueles presentes levantavam cartazes e exibiam faixas contra o atual presidente, Jair Bolsonaro, o acusando de genocida, entre outras coisas.
De acordo com os organizadores, o evento tinha um caráter simbólico e almejava reter a atenção da imprensa e agentes públicos para o atual cenário de fome e crise sanitária no Brasil.
Chamado de #600ContraFome, o protesto se expandiu também para as plataformas digitais, sendo compartilhado por meio de hastag em redes como twitter, instagram e facebook.
Na grande maioria das publicações, os internautas ressaltam que o atual valor do auxílio emergencial é insuficiente para garantir ao menos a alimentação dos mais vulneráveis.
“Não podemos admitir. A população está passando fome”, disse Miguel Torres, da Força Sindical. Até o momento não há previsão de reajuste na mensalidade do auxílio emergencial que deverá permanecer sendo ofertada até o mês de agosto.