Governo federal deve estender e aumentar parcelas do auxílio emergencial ainda em 2021. De acordo com fontes internas, o Congresso Nacional vem trabalhando para manter o coronavoucher no segundo semestre. A pauta em circulação avalia ainda uma turbinada nas mensalidades, resultando no adiamento da reformulação do Bolsa Família.
Aprovar uma rodada do auxílio emergencial em 2021 não foi fácil, mas parece que haverá uma segunda extensão do projeto. Sob pressão no Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro deve estudar as possibilidades de manter o benefício em circulação e até mesmo aumentar o seu valor.
Até o momento não foram anunciadas propostas no que diz respeito a quantia, mas espera-se que o auxílio perdure até meados de outubro e novembro. A justificativa para tal medida está relacionada as pesquisas que revelam que por meio dele 24% da reprovação do gestor teria caído.
Reformulação do Bolsa Família e campanha para 2022
Segundo cientistas e analistas políticos, o interesse de Bolsonaro em manter o auxílio emergencial e anunciar mudanças positivas pelo Bolsa Família está ligado a eleição de 2022.
Com boatos de que o ex presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, será seu maior concorrente, o atual chefe de estado vem reforçando sua agenda social.
É válido ressaltar que na eleição de 2018, parte significativa do eleitorado que não aprovou Bolsonaro estavam vinculados a projetos sociais como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Farmácia Popular, entre outros. Sendo estes conhecidos pela implementação e ampliação na gestão de Lula.
Diante do atual cenário político, espera-se que Bolsonaro lance uma série de propostas para os brasileiros de baixa renda que estejam registrados no Cadastro Único. Assim, estaria estreitando seus laços políticos e reduzindo os riscos de uma possível derrota nas eleições para presidente em 2022.
Na contrapartida, Lula vem se preocupando em reforçar suas alianças políticas e partidárias. Com uma agenda lotada de encontros com parlamentares e demais personas de relevância no cenário nacional, o ex presidente já mostrou contar com o apoio do também já presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), e do candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos, entre outros.