De acordo com informações do jornal O Globo, o orçamento da UFRJ vem sendo diminuído desde 2012, até o momento a universidade já sofreu cortes que somam R$ 470 milhões. O grande número de estudantes e baixo repasse de dinheiro público para a instituição pode fazer com que ela feche as portas.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro é uma das mais tradicionais do país, colaborando para a inovação com suas pesquisas e formando centenas de profissionais qualificados todos os anos, é o que afirma a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho.
Cortes da UFRJ
O montante de R$ 470 milhões não foi cortado da instituição de uma só vez, mas sim de forma gradativa.
Entenda melhor o que aconteceu desde 2021 com as finanças da universidade:
- 2012– R$ 773 milhões
- 2013– R$ 735 milhões
- 2014– R$ 611 milhões
- 2015– R$ 606 milhões
- 2016– R$ 541 milhões
- 2017– R$ 487 milhões
- 2018– R$ 430 milhões
- 2019– R$ 389 milhões
- 2020– R$ 306 milhões
- 2021– R$ 299 milhões
É nítido que de 2012 até 2021 os cortes foram diminuindo, no entanto, ainda são valores altos.
Principalmente porque o número de estudantes que ingressam na instituição não acompanhou essa diminuição.
Até mesmo o orçamento de 2021 está comprometido, já que dos R$ 299 milhões esperados apenas R$ 146,9 milhões foram aprovados, o restante do orçamento ainda deve ser aprovado.
E do valor aprovado, R$ 65,2 milhões já foram utilizados pela instituição.
Opinião da UFRJ sobre os cortes
Dias atrás a reitora, Denise Pires de Carvalho, produziu um artigo de opinião juntamente com o vice-reitor Carlos Frederico Leão Rocha.
Separamos alguns trechos do texto para você entender melhor o que vem acontecendo.
“A UFRJ fechará suas portas por incapacidade de pagamento de contas de segurança, limpeza, eletricidade e água. O governo optou pelos cortes e não pela preservação dessas instituições. A universidade nem sequer pode expandir a arrecadação de recursos próprios, pois não estará garantida a autorização para o gasto. A universidade está sendo inviabilizada. Em dez anos, nos restará perguntar onde estará a capacidade de resposta na próxima emergência sanitária e qual será a opção terapêutica milagrosa que colocarão à venda”.
A UFRJ é uma instituição central no enfrentamento de doenças, atuou no tratamento e estudo sobre a Zika e também elaborou toda uma estrutura durante a pandemia para auxiliar no tratamento das pessoas doentes.
“Nosso Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, o maior do Estado do Rio em volume de consultas, instalou um novo CTI e mais de 100 leitos de enfermaria para tratamento da Covid-19”, afirma a reitora.
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