- O cenário de melhora interna tem aliviado os investidores;
- Vale, Bradesco e B3 estão entre as ações mais recomendadas em dois levantamentos;
- A Vale possui a preferência de especialistas.
Apesar dos riscos domésticos, o mercado financeiro tem apresentado otimismo para o mês de maio. Diante da insegurança com relação à questão fiscal no país, a sanção do Orçamento 2021 e outros fatores têm contribuído para a melhora de perspectiva. Descubra quais são as apostas do mercado financeiro para maio.
Assim como aconteceu no mês de abril, com a alta do Ibovespa e a queda do dólar frente ao real, o mercado projeta que este movimento siga para maio, segundo apurado pelo Exame.
Ao analisar o pano de fundo global, a perspectiva está positiva devido aos pacotes de ajuda dos governos de diversos países.
Outro fator em escala global que contribui é a perspectiva de que o Federal Reserve siga com os estímulos monetários.
Ao considerar o cenário local, questões como a continuidade do calendário de vacinação no Brasil, a sanção do Orçamento de 2021, o debate relacionado à reforma tributária são pontos que diminuem a insegurança do mercado.
Por conta da melhora no ambiente interno, os investidores estrangeiros retomaram o aporte de recursos no Brasil em abril. Durante o mês, houve a entrada líquida de R$ 7,4 bilhões.
Este resultado positivo ocorre após dois meses de fortes retiradas. Outro fator importante é que o risco-país, medido pelo CDS, teve redução.
Apostas do mercado financeiro para maio
Com a retomada da economia doméstica, as ações foram favorecidas. Estas voltaram a ter destaque nas carteiras de bancos, corretoras e gestoras. Além das ações, os papéis cíclicos globais — relacionados à demanda por commodities — seguem entre as apostas.
De acordo com o head de renda variável da Exame Invest PRO, Bruno Lima, a Bolsa deverá performar relativamente bem no mês de maio. O analista entende que não deverá ocorrer nenhum cataclisma, ao considerar a melhora nos números da covid-19, na vacina e a temporada de balanços positiva.
Ações mais recomendadas para maio de 2021
Para o mês de maio, três ações tiveram destaque de recomendações: a Vale (VALE3), o Bradesco (BBDC4) e a B3 (B3SA3).
Estas três empresas estiveram no topo das mais indicadas pelos levantamentos feitos pelo InfoMoney e pela Forbes Money.
Pela Carteira compilada pelo InfoMoney, houve a participação de dez corretoras. A Vale ocupa a primeira posição, com nove indicações. Em seguida, o Bradesco foi indicado por cinco corretoras. Na terceira posição, a B3 integrou cinco recomendações.
Já pelo levantamento feito pela Forbes Money, foram avaliadas 24 recomendações de bancos e corretoras.
A Vale esteve presente em 19 recomendações, presente na primeira posição. A B3 e o Bradesco empatam na segunda posição. As duas ações estiveram presentes em 11 recomendações.
A Vale (VALE3)
O BTG Pactual alega que os fundamentos de oferta e demanda de minério de ferro seguem fortes em meio à grande procura da China. De acordo com os analistas, os papéis da mineradora estão baratos. Eles alegam que estes papeis possuem potencial de valorização.
A Órama Investimentos afirma que o robusto pagamento de dividendos é um grande atrativo, com uma forma de balancear a carteira de investimentos com uma empresa sólida.
O Bradesco (BBDC4)
A XP destaca que, durante o mês, as ações do Bradesco ficaram mais estáveis com pequenas perdas. No final do mês, as ações tiveram grande aumento após o resultado positivo do banco que levaram o mercado a prever bons resultados trimestrais para o setor.
A recomendação de compra, para a XP, está baseada em: fonte de receitas diversificada e defendida; grande potencial de ganho de eficiência com a redução da operação física e digitalização do Bradesco; e valuation atrativo.
A B3 (B3SA3)
A Santander Corretora acredita que o volume diário médio negociado na Bolsa se mantenha em alta, de forma a impulsionar a receita da companhia. Este fator, juntamente com o bom histórico de entrega de resultados e desenvolvimento de novos produtos, tem sido base para a avaliação positiva.
Mesmo com uma desaceleração no desempenho operacional, o banco ainda entende que a B3 deve ter bons resultados.
Isto aconteceria por conta de uma combinação de crescimento forte da receita com diluição de despesas.